AS Notícias Online
HOME POLÍCIA POLÍTICA ESPORTE GERAL EVENTOS EMPREGOS AGENDA VÍDEOS CONTATO

POLITÍCA
Com nova operação, Uberlândia tem 22 vereadores presos ou afastados
Investigação aponta para supostos desvios de verba de gabinete 16/12/2019

 

d2037e5c-c06a-4a3d-9329-e015c7112498.jpeg
Entre titulares eleitos em 2016 e suplentes, 21 estão sob investigação
Foto: Divulgação / Câmara de Uberlândia

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público, culminou com a decretação da prisão de 21 vereadores de Uberlândia nesta segunda-feira (16). As prisões decretadas são temporárias e envolvem titulares e suplentes. A investigação aponta para supostos desvios de verba de gabinete. 

Agora, a cidade do Triângulo Mineiro tem 22 dos 27 vereadores  com prisão decretada ou afastados dos cargos. Isso porque, desde outubro, no início da operação, três vereadores foram afastados. Um continua detido e outro cumpre regime domiciliar. 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) dará uma coletiva ainda nesta segunda para mais detalhes da operação.  

Alvos das operaçãos de outubro e está segunda: Alexandre Nogueira (PSD), Ceará (PSC), Doca Mastroiano (PL), Flávia Carvalho (PDT), Dr. Jussara (PSB), Felipe Felps (PSB), Hélio Ferraz (PSDB), Isac Cruz (Republicanos), Juliano Modesto (Solidariedade), Marcelo Cunha (sem partido), Márcio Nobre (PSD), Pamela Volp (PP), Paulo César (Solidariedade), Ricardo Santos (PP), Rodi Borges (PL), Roger Dantas (Patriota), Ronaldo Alves (PSC), Silésio Miranda (PT), Vico (Cidadania), Vilmar Resende (PSB), Wender Marques (PSB) e Wilson Pinheiro (PP). 

Não são alvo das operações: Adriano Zago (MDB), Antonio Carrijo (PSDB), Leandro Neves (PSD), Michele Bretas (Avante), Pastor Átila Carvalho, Sargento Ednaldo, Thiago Fernandes (PRP) e Walquir Amaral (Solidariedade). 

A reportagem tenta contato com as defesas e também com vereadores que não está sob investigação. 

A vereador Michele Bretas, que não é investigada, disse que espera que a Justiça puna quem, comprovadamente, for culpado e que os inocentes provem que não cometeram atos de corrupção. "É uma situação que mancha não só a Câmara, mas a cidade", disse. 

Antecedentes
A ação é um desdobramento da chamada Operação "O Poderoso Chefão", realizada em 25 de outubro – mesmo dia em que o Gaeco deflagrou outras duas operações (Mercúrio e Torre de Babel). Na ocasião, dois vereadores de Uberlândia foram detidos: Alexandre Nogueira (PSD) e Wilson Pinheiro (PP).

Nogueira, que desde o dia 2 de dezembro cumpria prisão domiciliar graças a um alvará judicial, voltou a ser detido hoje e levado para a delegacia de Uberlândia. Um terceiro vereador que já vinha sendo investigado, Juliano Modesto (SD), já tinha sido detido em 15 de outubro, alvo da primeira fase da Torre de Babel. Os três já estavam afastados dos cargos.

Inicialmente, a Operação "O Poderoso Chefão" investigava suspeitas de irregularidades na contratação da Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas de Uberlândia (Coopass). Em outubro, quando Nogueira e Pinheiro foram detidos, o promotor Daniel Marotta Martinez disse a jornalistas que, só em 2016, foram desviados ao menos R$ 7 milhões dos cofres municipais por meio do contrato com a cooperativa.

Na mesma ocasião, o promotor afirmou que os investigados integravam uma “organização criminosa” que dominou o serviço público de transporte entre 2007 e 2018. Já o promotor Adriano Bozola acusou o vereador Alexandre Nogueira de ser o verdadeiro responsável não só pela Coopas, mas também pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), outra cooperativa que chegou a substituir a primeira após o então prefeito, Gilmar Machado (PT), cancelar o contrato com a Coopas.

 


 

 

E-mail: contato@regionaldigital.com.br

REGIONAL DIGITAL 2025. Todos os Direitos Reservados.
REGIONAL DIGITAL
INFORMAÇÃO DE QUALIDADE!
Desenvolvedor: SITE OURO