Manter os medalhões ou dar chance para os jovens? “Comigo não é nome. Tem que jogar bola. Já tá dado o recado”, avisou o técnico Adilson Batista. Em situação delicada no Campeonato Brasileiro e restando apenas três rodadas para o fim da competição, o novo técnico cruzeirense vai ter que tomar uma decisão nos próximos dias.

Em sua primeira entrevista, sexta-feira, na apresentação, Adilson Batista “deu o recado”, como ele mesmo disse, mas indicou que não deve fazer grandes mudanças na equipe. Mesmo contestado, o meia Thiago Neves, que desperdiçou um pênalti na derrota de 1 a 0 para o CSA, quinta-feira, no Mineirão, deve ser mantido na equipe, afinal, a experiência faz a diferença nesses momentos de crise.

"Eu não posso julgar pelo jogo (do CSA), ele errou (o pênalti), é o batedor. E não posso ser radical, temos que ter cuidados. Eles (os jogadores mais experientes) fizeram grandes jogos aqui. Não foge muito. Não pode ser tão radical para não perder a essência. O jogo do CSA é página virada", destacou o treinador.

Além de Thiago Neves, nomes como Robinho, Fred, Henrique e Fábio fazem parte do grupo dos mais rodados. Os dois últimos, aliás, já trabalharam com o treinador em sua primeira passagem, entre 2008 e 2010.

Ao mesmo tempo em que dá credibilidade aos mais rodados, Adilson mostra-se cauteloso para lançar garotos da base. "A gente tem que ser inteligente, ter discernimento. Para lançar, o menino precisa ser preparado e colocado no momento certo. É preciso ser inteligente para lançar atleta. Não pode transferir. Se tem potencial, você consegue encaixar. Não terei medo de lançar”, avisou.