Nos últimos meses, o Brasil sofreu com um surto de sarampo em diversas regiões. A doença, que já havia sido erradicada no país, resultando até mesmo em uma certificação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) que declarava a região das Américas como primeira zona livre de sarampo no mundo, registrou 10.374 casos, com 12 mortes, apenas de fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019.
Essa situação chamou a atenção de especialistas e da população em geral para a queda nas taxas de vacinação no Brasil. Em 2018, a cobertura de vacinas obrigatórias até 1 ano de vida variava entre 74% e 89% no país, enquanto que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é que esse índice seja de 90% a 95%.
Questões como a falta de atenção a doenças que não são mais tão frequentes em nosso cotidiano e a disseminação de informações falsas, resultando no crescimento do movimento antivacina, são responsáveis pela diminuição das taxas de vacinação e, consequentemente, pelo retorno de doenças erradicadas, segundo o professor Flávio Guimarães, do Departamento de Microbiologia da UFMG.