Na quarta (28), idoso foi detido suspeito de atear fogo em uma mata ao lado do parque Felisberto

Assim como vem acontecendo em todo o Brasil, Betim registrou 144% de aumento no número de focos de incêndios nos três últimos meses. De junho a agosto, período de maior estiagem no país, foram feitas 166 denúncias de queimadas em lotes vagos e áreas verdes na cidade, enquanto que, no mesmo período de 2018, foram 68 ocorrências. Os dados são da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

“Neste período de seca, a umidade do ar diminui e ocorrem menos chuvas, por isso, a vegetação fica seca e mais propícia à ocorrência de incêndios. Entretanto, percebemos que grande parcela desses focos são causados pelo ser humano. Muitos donos de terrenos aproveitam a estiagem para limpar suas áreas, colocando fogo”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Ednard Tolomeu.

Um desses incêndios ocorreu na tarde de última quarta-feira (28), em uma mata particular que fica ao lado do parque Felisberto Neves. Na ocasião, um idoso foi detido pela Polícia Militar do Meio Ambiente, suspeito de ter ateado fogo na vegetação.

Para Tolomeu, é preciso que a população se conscientize. “Essa vegetação, mesmo estando seca, contribui para absorver os gases causadores do efeito estufa. Ao realizar queimadas, além de destruir essa vegetação, estamos potecializando o aumento desses gases de efeito estufa na atmosfera”, reforçou.

Penalidades

Quem for pego ateando fogo em matas em Betim está sujeito à pena de reclusão de dois a quatro anos, além de multa de R$ 3.200 a R$ 50 milhões. Neste ano, 140 imóveis do município já foram fiscalizados em decorrência de denúncias relativas às queimadas. Em 2018, foram 87 os lotes fiscalizados. As denúncias podem ser feitas pelo número (31) 3512-3163.