PUBLICADO EM 25/07/19 - 19h42
JOSÉ AUGUSTO ALVES
JOSE.AUGUSTO@OTEMPOBETIM.COM.BR
O caso do garoto Gabriel Lucas não foi o único registrado na cidade em julho. De acordo com diretor técnico do Hospital Regional, Victor Leite Ikeda, a unidade atendeu três vítimas de linhas cortantes.
“Todos os anos acontecem esses casos, e isso é um absurdo, porque em nenhum lugar do mundo acontece essa situação. Não existe motivo para usar esses tipos de materiais que causam lesões graves e podem até matar. Só em julho, nós atendemos três casos no Regional, disse.
Um desses casos foi o do operador de guincho Dércio de Farias Silva. Ele teve o pescoço cortado por linha chilena no último dia 18 no bairro Citrolândia. “Eu estava de bicicleta quando senti algo no meu pescoço. Passei a mão e vi o sangue. Consegui chegar em casa, peguei uma toalha e tampei. Nisso um enfermeiro primo meu me ajudou também e uma outra pessoa me levou de carro para o Regional”, conta.
Segundo Silva, ele teve duas veias cortadas, parada cardiorrespiratória e precisou receber transfusão de sangue. Ele ficou internado por cinco dias. “Tem que acabar com essas linhas. Eu quase morri”.
Fiscalização
Desde a semana passada, a prefeitura, por meio da Guarda Municipal, iniciou uma campanha para coibir o uso de linhas cortantes. São feitas blitze educativas, além de apreensões de materiais. Em Betim, usar linha chilena ou com cerol é crime passível de multa de R$ 2.000.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone 153.