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Meu pet é uma cobra
Serpentes de criatórios legalizados podem ser animais de estimação; é preciso ter terrário para garantir o bem-estar animal 23/06/2019

 

Pampulha Mundo Pet - Meu pet e uma cobra - Iandra possui duas co
As cobras de Iandra vivem em um terrário montado especialmente para elas
Foto: Mariela Guimarães

Elas não interagem tanto quanto um cão – aliás, geralmente, nem demandam carinho do tutor. Por outro lado, não reclamam se ficarem sozinhas por muito tempo. Embora não sejam, digamos assim, um pet muito convencional, há muitas pessoas que elegem as cobras como seus bichinhos de estimação. É o caso da gerente comercial Iandra Pedrosa, 25, que ganhou a primeira cobra de um tio, no seu aniversário de 7 anos. “Me lembro que, quando ele chegou com ela na caixa, todos saíram correndo – mas eu já queria segurar”, relembra, rindo. Hoje ela é tutora de duas Corn Snake – Morgana e Mob – mãe e filha, respectivamente.

Iandra conta que as cobras são animais de estimação que demandam alguns cuidados, mas são muito fáceis de lidar. Elas comem apenas uma vez por semana e têm um custo de alimentação barato. O único incômodo, diz, é manter ratinhos abatidos, que servem de alimento, no congelador. “Tive uma pequena crise no relacionamento por causa disso!”, conta. 
As serpentes domésticas não são peçonhentas, mas, de todo modo, é preciso ter cautela na sua criação. Tudo começa na aquisição do ofídeo, que precisa ser proveniente de um criatório legalizado – como existem poucos no Brasil, infelizmente muitas são adquiridas ilegalmente. Cumpre frisar que é crime ambiental coletar cobras diretamente da natureza sem autorização do Ibama.

Tiago Lima, do Jiboias Brasil, criatório legalizado localizado em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, explica que as jiboias são as cobras mais procuradas como pets (e são vendidas a partir dos três meses de vida). Independentemente da espécie, a cobra, explica ele, exige um terrário com vários artifícios necessários para o seu bem-estar, como climatização e luminosidade adequadas. Dependendo da espécie, até um viveiro com galhos pode ser adquirido – depende do tamanho que ela pode alcançar. 

O veterinário Pablo César Pezoa, da Zoovet, clínica especializada em animais exóticos e silvestres, explica que sim, esses animais reconhecem os donos e o local no qual são mantidos. “As provenientes de cativeiro são manipuladas desde pequenas e, portanto, deixam de reconhecer o humano como uma ameaça – isso até com espécies mais agressivas, como a salamanta.”
Mesmo acostumadas com o homem, o veterinário deixa claro que cobras são animais independentes. “A pessoa que busca o animal exótico tem que entender que não vai ter em casa um cachorro. É uma biologia completamente diferente”. 

Prevenção de doenças

Um dos maiores cuidados diz respeito à alimentação. É por isso que o veterinário frisa a importância de o tutor levar a serpente na primeira consulta. Depois desse contato, geralmente esses répteis podem visitar o veterinário somente uma vez ao ano, preventivamente. E não necessitam de vacina. 
Entretanto, fica o alerta: a dentição das serpentes é bem sensível e qualquer bote errado pode gerar uma fratura – e, automaticamente, o risco de uma infecção. “Abscessos dentários, pneumonia e disecdise, ou seja, a troca incompleta da pele, geralmente causada por erro na umidade no terrário, são as patologias mais comuns entre elas”, alerta Pablo César Pezoa.

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