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Representação feminina cresce, mas ainda é pequena
Em 72 anos, apenas 36 mulheres foram titulares ou suplentes na Assembleia Legislativa de Minas Gerais 08/03/2019



 
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Da esquerda para a direita:Laura Serrano, Marília Campos, Rosângela Reis, Ana Paula Siqueira, Ione Pinheiro e Delegada Sheila
Da esquerda para a direita:Laura Serrano, Marília Campos, Rosângela Reis, Ana Paula Siqueira, Ione Pinheiro e Delegada Sheila
PUBLICADO EM 08/03/19 - 03h00

Em 72 anos da história da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), apenas 36 mulheres ocuparam vagas na Casa como titulares ou suplentes. A primeira vez em que os mineiros tiveram uma representante feminina no Parlamento foi em 1963. Na época eram duas deputadas entre 82 vagas, e hoje, 56 anos depois, são dez representantes num universo de 77 cadeiras. O crescimento é tímido, mas a atuação delas não têm passado despercebida, até mesmo por políticos que insistem em chamá-las pelos corredores de “meninas” ou “brincar” que estão de TPM quando fazem discursos mais acalorados.

Nessa legislatura é difícil ver uma comissão reunida sem que uma deputada esteja sentada na mesa de debate. Dos 22 colegiados do Legislativo, elas estão presentes em 16 deles. Novata na Assembleia, Delegada Sheila (PSL) diz que é esse trabalho desempenhado por cada uma delas na Casa que vai fazer com que novas mulheres entrem na política. 

“Esse número precisa aumentar, e cada uma de nós que está aqui tem uma responsabilidade muito grande em incentivar e ajudar outras mulheres, principalmente nos municípios, para que elas se candidatem, tenham coragem e saibam que isso também é possível para a mulher”, afirmou.

 

Representante da bancada feminina com mais mandatos – são quatro –, Rosângela Reis (Podemos) avalia que as mulheres conseguiram avançar na conquista dos espaços de poder nos últimos anos, mas de forma tímida. A última legislatura terminou com seis deputadas. “Ainda somos a minoria na política e na Assembleia. O empoderamento feminino não é só uma questão de equidade, mas de justiça para aquelas que lutaram para chegarmos até aqui”, declarou Rosângela. 

A análise é compartilhada por Laura Serrano (Novo). “A gente ainda tem muito espaço para crescer no Parlamento. Se a gente for verificar, está bem aquém do que seria em termos de proporção das mulheres no eleitorado no Brasil e no nosso Estado”, afirma. Hoje, o eleitorado feminino do país é de 52,5%, sendo que em Minas Gerais esse percentual é de 51,9%.

No entendimento de Ione Pinheiro (DEM), uma das formas de alterar esse quadro é pela educação. “Essa questão de machismo é cultural e não muda de um dia para o outro. Isso é ao longo dos anos. Vamos continuar conquistando o nosso espaço porque isso não é favor que os homens estão fazendo, mas sim um direito de cada mulher”, disse. 

Representação. Essa também é a primeira vez que mulheres negras ganharam um gabinete na Casa. Foram três: Andreia de Jesus (PSOL), Leninha (PT) e Ana Paula Siqueira (Rede). Essa última avalia que é uma marca importante: “Acho que foi tarde (a participação de mulheres negras), mas sempre é tempo de a gente mostrar que é possível participar da política. Essa é uma legislatura que tem tudo para trazer para a sociedade uma atuação melhor, mais igualitária, que vai representar melhor o que é o desenho da nossa sociedade”. 


Já Andreia de Jesus diz que esses números mostram que as mulheres negras estão sub-representadas nos espaços de poder. “Há um descompasso entre a população e aqueles que os representam. Nós chegamos para ficar, ainda que isso cause desconforto e incômodo entre aqueles que estão aqui e há mais de 500 anos são donos do poder”, declarou.

 


 

 

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