Kelly foi morta ao dar carona a Jonathan; para polícia, crime foi premeditado
PUBLICADO EM 18/10/18 - 21h21
HEITOR MAZZOCO
A Polícia Militar de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (18) um dos homens condenados pela morte da estudante Kelly Cadamuro – morta em novembro do ano passado após oferecer carona via aplicativo WhatsApp entre a cidade paulista e Itapagipe, no Triângulo Mineiro.
Wander Luís Cunha foi preso na região Norte de São José do Rio Preto. Cunha havia sido solto por decisão da Justiça de Minas Gerais em agosto deste ano. Porém, em nova decisão, a Justiça mineira entendeu que ele deve recorrer da decisão em primeira instância preso. Ele era considerado foragido da Justiça desde a nova decisão de setembro.
Cunha foi condenado a 9 anos e 2 meses por receptação e por ajudar Jonathan Pereira Prado no crime. Este foi condenado a 42 anos de prisão. Com Cunha, a Polícia encontrou objetos que pertenciam a Kelly à época. A defesa tenta modificar a sentença junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Ele deve passar a noite na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e nesta sexta-feira (19) deve ser levado para algum presídio da região Noroeste do Estado de São Paulo.
O outro envolvido no caso, Daniel Theodoro da Silva foi condenado a 3 anos e quatro meses de prisão no regime fechado. Ele também foi beneficiado por decisão judicial em agosto último e está em liberdade.
Caso
Kelly Cadamuro estudava radiologia na cidade do interior de São Paulo. Ela passaria um final de semana com o namorado e a família dele em Itapagipe, interior de Minas Gerais. Ela participava de grupos de caronas na região. No dia da viagem, ela havia combinado a carona com Jonathan, que afirmara que a namorada dele viajaria junto. Porém, Jonathan apareceu sozinho.
A estudante de 22 anos na época do crime, não suspeitou e seguiu com a viagem. A última imagem de Kelly foi registrada em uma praça de pedágio. Pouco tempo depois, em um local menos movimentado, o criminoso pediu para Kelly parar o carro para ele urinar. Foi então que Jonathan começou a dar socos em Kelly, que foi amarrada e depois arrastada.
A praça de pedágio registrou também o homem voltando para São José do Rio Preto com o carro da vítima. Dias depois, a polícia encontrou o corpo de Kelly em um córrego entre Itapagipe e Frutal. O carro de Kelly foi encontrado em uma estrada de terra entre São José do Rio Preto e Mirassol. Poucos dias depois, os três acusados foram presos.