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Casamento comunitário celebra o amor de oito casais em Itabira 14/06/2016 10h42
No final da cerimônia todos os casais esbanjavam alegria e diziam a mesma coisa: foi maravilhoso! 14/06/2016

Mariana Reis

 

 
MARIANA REIS/DEFATO
A Paróquia Santo Antônio, no bairro Gabiroba, ficou lotada
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De véu e grinalda oito casais realizaram um grande sonho nessa segunda-feira, 13 de junho: o casamento. Às 19h30, na Paróquia Santo Antônio, no bairro Gabiroba, em Itabira, todos os preparativos já estavam prontos. Noivos, padrinhos, familiares e até mesmo desconhecidos esperavam pelas noivas ansiosamente. Estava prestes a ser realizado um grande casamento coletivo.

A cerimônia, aberta a toda comunidade, já acontece desde 2001 e foi criada como uma alternativa àqueles que não tiveram condições de realizar a solenidade religiosa. A benção foi realizada pelo bispo Marco Aurélio Gubiotti e pelo padre Justino Munduala Tchiwala, natural da República Democrática do Congo. A data, 13 de junho, foi escolhida por ser o dia do Santo Antônio, conhecido mundialmente como o santo casamenteiro.

Para o altar

Orlinda Carla de Carvalho, 39 anos, morava junto com seu companheiro, Geraldo Moura, 35, há mais de 16 anos. Ela contou que a iniciativa de querer oficializar o matrimônio perante Deus surgiu do companheiro. “Partiu mais dele. Lógico que também era um sonho meu, mas fiquei feliz demais, porque foi ele que teve a atitude de vir. Foi uma benção. Amei”, disse. Conforme Orlinda, casar está muito caro hoje em dia. “Esse casamento comunitário ajuda demais, não gastamos com nada. O que eles fazem por nós é realmente muito bonito mesmo”, ressaltou.

Aline Rodrigues, 20, e Isaac Souza, 22, foi o casal mais jovem da noite. Segundo a moça, eles ainda não irão morar juntos, mas aproveitaram o casamento comunitário para reduzir os gastos e ir com “gás total” nos preparativos da casa nova. “Namoramos por três anos e meio e estamos muito felizes”, disse.  

Vivendo uma vida feliz, mas sentindo que faltava algo na relação, o casal Claudilene Aparecida Silva da Mata, 34, e Vagner Gonçalves, 31, decidiram que queriam ter a benção de Deus. “Moramos junto por sete anos, mas por sermos uma família cristã, sentimos a necessidade de sacramentar nossa união perante Deus e por amor à eucaristia”, contou Claudilene. A recém casada também disse que conseguiu quebrar um orgulho e preconceito que tinha. “Eu dizia que jamais iria me casar em um casamento comunitário. Estou muito feliz porque venci isso”, disse.

No final da cerimônia todos os casais esbanjavam alegria e diziam a mesma coisa: foi maravilhoso!

Parceria para o sonho

O sonho do matrimônio de tantos casais pôde ser concretizado pela ajuda da Igreja e de diversas pessoas que se sensibilizam com a ação. Os noivos não gastam com nada. Desde o vestido até o buquê, são de doações.  Cerca de 60 pessoas são mobilizadas para o casamento comunitário todos os anos. “Temos alguns vestidos de noivas, sapatos, entre outras coisas doados. Todos são guardados com muito cuidado para usarmos até quando der”, destacou o coordenador da comunidade Gabiroba, Júlio Cesar de Araújo.

De acordo com Júlio, a ação não seria possível sem a ajuda de parcerias. “Tivemos oito salões de beleza voluntários, como também empresas de decoração, entre outras”, contou.

Júlio atua na Igreja e acompanha os casais há mais de 14 anos. Conforme o coordenador, os casais querem receber a benção de Deus. “A maioria dos casais moravam juntos, mas sentiam a necessidade de regularizar a situação na igreja”, explicou. O Casamento Coletivo é também uma oportunidade para quem já tem uma relação dentro dos parâmetros civis, mas, que por algum motivo, não recebeu a bênção de um sacerdote.

Desde fevereiro deste ano, a Paróquia trabalhou com os casais que concretizaram o sonho do matrimônio. “Passamos a integrar a família deles e criar um relacionamento bom”, ressaltou. Júlio acredita que existe muita positividade nessa aproximação com a Igreja. “Vimos que aquilo que estava escuro, clareou. O que estava triste se alegrou e o que estava individualmente isolado, agora participa do grupo. Houve uma mudança grande na vida deles”, argumentou o coordenador.

 


 

 

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