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O preço do quilo do feijão está assustando os consumidoresO preço do feijão tem assustado os brasileiros. Em alguns supermercados, o pacote de feijão carioca de um quilo chegou a ser vendido à R$ 10,90. Até o fim de maio, esse mesmo pacote era encontrado nas gôndolas por até R$ 4,10. Em abril, a saca de 60kg era vendida a R$ 262. No início de junho, ela já estava sendo vendida a R$ 400.
Nessa quarta-feira, 8 de junho, o pacote de feijão na Consul do Shopping Vale do Aço estava sendo vendido à R$ 8,75. No Bretas de Coronel Fabriciano, o pacote custava R$ 8,99. Já no Rex do Bom Retiro em Ipatinga, o carioca era vendido à R$ 9,99
A reportagem do Plox conversou com diretor de indústria Clemar Moraes, que trabalha na Feijão Supang em Coronel Fabriciano, para tentar entender esse aumento de preço. De acordo com o diretor, a safra é sensível a diversas condicionantes climáticas. Ele explica que o feijão é uma leguminosa que é cultivada em um clima ameno que não se adapta bem ao excesso de chuva, nem excesso de sol. “ A planta precisa de tudo na medida certa. Este ano choveu muito no Paraná, maior produtor de feijão do Brasil, enquanto em Minas Gerais e no Mato Grosso, tivemos seca”, disse.
Clemar Moraes
Clemar disse que, como sendo uma commodity, o preço do feijão é determinado pela quantidade de produtos no mercado. “Quanto maior a quantidade de produtos disponíveis no mercado, menor é o preço. Da mesma forma, se a oferta for pouca, o preço tende a subir”, afirma. Como a safra foi ruim, isso se reflete no preço, pela baixa disponibilidade do produto. “Não temos ofertas dos produtos nas lavouras, os poucos grãos que foram colhidos ou são de baixa qualidade, ou estão sendo comercializados a preços exorbitantes”.
Isso, conforme o diretor, só deve melhorar no fim de julho ou início de agosto, quando será colhida uma nova safra. “Mas tudo isto dependendo da situação climática nas áreas de plantio”, disse.
Alternativas
A combinação arroz com feijão é bem conhecida do brasileiro. Para quem não consegue ficar sem o item no prato, a alternativa, segundo Clemar, é o feijão preto, que ainda está com o preço sem reajustes. “O feijão não pode faltar nas nossas refeições pelos benefícios que ele traz para a nossa saúde. Ele possui nutrientes essenciais como vitaminas, principalmente do complexo B, ferro, cálcio e proteína. O ferro contido nele ajuda na recuperação de anemias, a fibra da casca do feijão ajuda a regular o funcionamento do intestino e o cálcio ajuda na recuperação da osteoporose”, completa.
Outra alternativa é fazer pesquisa de preço. Mesmo acostumado a comprar em um único local, o ideal, segundo os especialistas, é visitar outros mercados e comparar os preços.
Piadas
A internet, como muitos afirmam “não perdoa ninguém”. Logo que os preços aumentaram, várias piadas surgiram em torno do feijão, como ocorreu com o tomate em 2013.