Um dos debates em voga nesta eleição se relaciona à segurança pública. Alguns candidatos utilizam-se dessa bandeira para pautar os planos de governo. Questões como redução da maioridade penal, mudanças no Estatuto do Desarmamento e penas mais duras sempre entram em discussão. E, nessa perspectiva, a pesquisa Minas no Brasil de 2018, realizada pelo Instituto Mercadológica em parceria com o jornal O Tempo, perguntou aos mineiros o que eles acham a respeito do assunto. Os resultados foram publicados em março deste ano. Basta uma cidade entrar em uma crise de segurança pública ou acontecer um crime violento que gere repercussão para ressurgirem os debates sobre a revisão do Estatuto do Desarmamento. Em Minas Gerais, a maior parte da população é contra uma mudança nas regras atuais. Apesar de a maioria das pessoas ser contra a liberação do uso de armas de fogo por civis, esse pensamento está bem longe de ser unânime. Do total de entrevistados, 58% é contra alteração na legislação atual. Os demais 42% querem que pessoas comuns tenham o direito de comprar armas.
Quando o assunto é a redução da maioridade penal, a maioria dos mineiros entrevistados pelo estudo concorda que haja uma redução na maioridade penal, que atualmente é de 18 anos. Segundo a pesquisa, apenas 19% são contra a prisão de menores de 18 anos. Já 33% dos mineiros acreditam que a idade prisional deva ser reduzida para 16 anos, enquanto 22% acreditam que essa idade deva passar para 14 anos.
Como solução, a maioria dos entrevistados (30,7%) apontou que leis mais duras seriam a medida mais eficaz no combate à criminalidade no país. Já para 21,5% dos mineiros, a resposta estaria em uma Justiça mais rápida, enquanto 17,7% acreditam na necessidade de políticas públicas mais sólidas. Apenas 13,7% colocaram como solução a redução da maioridade penal, e 6,7% pedem o fortalecimento da polícia. Dos entrevistados, 9,8% acham que nenhuma das alternativas expostas resolveria a criminalidade no país.