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Trabalhadores cobram ação do Metabase, que critica proposta "unilateral" de PLR da Vale
Diretores do sindicato também sinalizaram ao grupo perdas salariais sofridas no decorrer dos últimos anos 02/06/2016

 

Wesley Rodrigues
 
WESLEY RODRIGUES/DEFATO
A reunião com o grupo de trabalhadores ocorreu na sede do sindicato, no bairro Pará
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Na manhã desta quarta-feira, 1º de junho, um grupo de trabalhadores da planta da Vale em Itabira foi até a sede do Sindicato Metabase, no bairro Pará. Na entidade sindical, os trabalhadores cobraram esclarecimentos sobre a proposta feita pela companhia, de pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e que não foi levada à votação em assembleia. Uma reunião entre o grupo e a diretoria do sindicato ocorreu no auditório do Metabase. A direção da entidade justificou que a proposta citada é “obscura” e foi elaborada de forma “unilateral” pela mineradora.

Alguns trabalhadores, uniformizados, lamentaram o que chamaram de “ausência de diálogo do sindicato com a categoria”. “O motivo dessa reunião é tão somente pedir ao sindicato que leve a oferta à assembleia”, disse um funcionário da Vale que optou por não se identificar.

A diretoria do Metabase rechaçou a possibilidade de aclamação ou assinatura do acordo de forma direta pelo sindicato. O intuito, afirmaram, é “amadurecer a discussão” e mobilizar um número expressivo de trabalhadores para deliberar a aceitação ou não da oferta.

Unilateral

Segundo a advogada do Metabase, Rosilene Fêlix Guimarães, a Vale apresentou ao sindicato uma proposta de acordo de PLR que alcança dois anos – 2016 e 2017. A oferta prevê PLR com teto de 7 salários, mas condicionado ao fluxo de caixa operacional “que seria definido exclusivamente pela empresa”. Além disso, a oferta contempla adiantamento de 0,5 salário em 28 de julho de 2016, condicionado ao Ebitda - sigla para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - e outras condições.

“Um dos pontos negativos é o prazo. No mercado da forma em que se encontra, acreditamos ser um tiro no escuro a assinatura de um acordo de dois anos. A maior divergência que encontramos é o fato de a empresa ainda não ter apresentado suas metas, para discutirmos se são metas atingíveis ou não. E todos os critérios (para o pagamento da PLR) somente poderão ser definidos pela empresa, sem interferência do trabalhador ou sindicato”, argumentou a advogada.

Diretores do sindicato também sinalizaram ao grupo perdas salariais sofridas no decorrer dos últimos anos. Nos dados citados, ocorreu aumento no pagamento da PLR entre 2009 e 2012, quando 6,1 salários em média compuseram a política global de remuneração. Em 2013 e 2014 ocorreu ligeira queda e, no ano passado, o valor foi “zero”, devido a fatores de risco. Em 2015, segundo o sindicato, a companhia teria registrado uma produção histórica de 345,8 milhões de toneladas de minério de ferro.

“Fechamos um acordo zero no ano passado e estamos com perdas salariais em torno de 18% hoje. A data-base é em novembro, mas estamos pedindo a antecipação da campanha salarial. Na discussão (da PLR), temos o entendimento que ela deva ocorrer junto com o acordo coletivo, para não termos um acordo zerado”, citou, por sua vez, o presidente do sindicato, Paulo Soares.

 
 
 
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