Enquanto pré-candidatos ao governo de Minas Gerais como Marcio Lacerda (PSB), Antonio Anastasia (PSDB), Fernando Pimentel (PT) e Rodrigo Pacheco (DEM) somam cerca de 93% do tempo de propaganda no rádio e na televisão, postulantes à administração do Estado de partidos nanicos devem contar com aproximadamente 1% da fatia destinada à propaganda durante o período eleitoral.
As estimativas, calculadas pelo jornal O TEMPO, apontam que pré-candidatos como Jordano Carvalho (PSTU), Tenente Renato Vieira (PPL), João Batista Mares Guia (Rede) e Romeu Zema (Novo) devem falar na TV por aproximadamente seis segundos cada. Graças a coligação com o PCB, Dirlene Marques (PSOL) terá um pouco mais de tempo em relação aos demais: cerca de 12 segundos.
Para driblar a falta de espaço para propaganda eleitoral na TV e na rádio e o pouco dinheiro em caixa para uma campanha robusta, representantes desses partidos têm buscado saídas para chamar a atenção do eleitorado e, assim, tentar angariar mais votos nas urnas. A utilização das redes sociais com fim de se autopromover foi o item mais destacado entre os pré-candidatos entrevistados. Visitas a cidades do interior e promoção de debates também foram mencionados pelos postulantes como solução para ser conhecidos e lembrados.
Pré-candidata pelo PSOL, Dirlene Marques conta que tem trabalhado com “todos os espaços possíveis” da web. “Tem uma equipe cuidando do Twitter, do Facebook, do WhatsApp e do Instagram. É uma juventude boa”, aponta. Dirlene fala ainda que, as coligações históricas do partido com os movimentos sociais, também contribuem para que sua imagem se espalhe pelo Estado. “A ligação com o PCB também está dentro da nossa estratégia”, pontua.
Já João Batista Mares Guia (Rede) espera que as transmissões ao vivo que fará pelo Facebook sejam capazes de fazer com que o eleitorado conheça a biografia dele. “Estou propondo para universidades e para a AMM a organização de debates públicos que devem ser feitos pela manhã, quando há possibilidade de ter mais gente conectada”, diz Guia. O pré-candidato espera também que as possíveis coligações feitas por Marina Silva contribuam para que seu tempo eleitoral na TV e no rádio seja maior.
Segundo o pré-candidato pelo Novo, Romeu Zema, o tempo na TV nem deve chegar a interferir em sua disputa. “Somos contrários a ideia de que o brasileiro tem que ficar ouvindo propaganda partidária na TV. Acho que deveria existir um site em que as pessoas pudessem acessar e consultar seus candidatos”, comenta.
Ao ser questionado sobre a falta de acesso à internet em muitos lugares do Brasil, especialmente em regiões mais pobres, ele rechaçou a afirmativa. “A internet hoje está muito difundida. Mas, se não tiver acesso, que sejam colocados cartazes em todas as prefeituras para que as pessoas vão até lá e consultem”, diz.
Visitas também são soluções
Além de utilizarem as redes sociais durante as eleições, pré-candidatos ao governo Jordano Carvalho (PSTU) e Tenente Renato Vieira (PPL) também destacaram que as já conhecidas visitas comunidades como alternativa para consolidarem suas candidaturas. “Vamos conversar com trabalhadores da construção civil e do funcionalismo público”, comenta Jordano Carvalho.
Washington Xavier, vice-presidente do PPL, partido pelo qual concorre o Tenente Renato Vieira, conta que 25% dos esforços de campanha estarão concentrados nas visitas a cidades do interior. “Faremos reuniões com as lideranças de diversos locais, mas 75% do nosso investimento realmente será nas redes sociais”, afirma Xavier.