Investigadores cumprem mandado de busca e apreensão de documentos na empresa R. Barros

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (15), em Belo Horizonte e Nova Lima, a segunda fase da Operação Amphíbia que revelou um esquema de fraudes em processos de licitações e desvios de verbas federais e estaduais na secretaria de Saúde de Minas. 

Os contratos investigados, de propaganda ao combate à dengue e à gripe, foram fechados durante a gestão do PSDB, sendo que alguns foram mantidos pelo atual governo do PT.

Os investigadores cumprem mandado de busca e apreensão de documentos na empresa R. Barros, que realiza eventos, no bairro Camargos, em Belo Horizonte.

A R. Barros foi subcontratada pela SP Promoções, alvo da primeira fase da operação Amfhíbia. Além da PF, participam da ação a Controladoria Geral da União e a Receita.

Em abril deste ano, a PF deflagrou a primeira fase da operação Amfhíbia. Na época, foi cumprido mandado de busca e apreensão de documentos na residência da jornalista Gisele Bicalho, ex-assessora da secretaria de Saúde no governo do PSDB.

Gisele, na ocasião, estava lotada no gabinete do deputado estadual Antônio Jorge, do PPS, que ex-secretário de Estado de Saúde. Ela acabou sendo exonerada.

O parlamentar não é investigado

A investigação teve início numa auditoria realizada por outro órgão de controle, a Controladoria Geral do Estado (CGE).

O objeto do contrato era a prestação de serviços nas áreas de propaganda, promoção, merchandising e eventos, referentes a combate à dengue e à gripe, entre 13 de junho de 2012 e 12 de junho de 2016.

O modus operandi da suposta organização criminosa consistia em manipular e direcionar as normas do edital da licitação, visando a aumentar os lucros e a reduzir os encargos da empresa vencedora do certame, além de diminuir as garantias da Administração Pública e seu poder de fiscalização, propiciando os desvios de recursos em benefício dos envolvidos.

Tais manobras eram efetivadas por servidores que possuíam vínculos direto ou indireto com a empresa contratada. Um dos servidores chegava a alternar seu vínculo empregatício entre as empresas envolvidas no esquema criminoso e a secretaria de Saúde.