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Josué Alencar é disputado por quatro partidos para as eleições de 2018
Filho de José Alencar, empresário mineiro é o vice dos sonhos de PT, PDT, PRB e MDB 02/05/2018

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PUBLICADO EM 01/05/18 - 03h00

Brasília. “Eu provavelmente não serei candidato”. A negativa que tem sido repetida pelo presidente da Coteminas, Josué Alencar (PR), não tem convencido nem a classe política, nem o setor empresarial. Como ele tem um perfil considerado ideal para o posto de vice-presidente, a esquerda e a direita iniciaram uma disputa para dobrar a resistência e conquistar o passe do empresário, historicamente próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Ele é a noiva mais disputada da eleição presidencial deste ano”, resumiu o líder do PR na Câmara dos Deputados, José Rocha, partido a que o filho do ex-vice-presidente José Alencar se filiou neste mês.

A última ofensiva sobre o empresário se deu no início de abril, em São Paulo. O presidente do PDT, Carlos Lupi, tentou concretizar mais uma vez o sonho de Ciro Gomes: ter o empresário como companheiro de chapa presidencial.

Em conversa na sede estadual do partido, Josué disse, de acordo com relatos, que tem passado mais tempo no exterior do que no país e que o grupo têxtil não pode prescindir dele neste momento.

A aposta é que, com uma melhor definição do cenário eleitoral, o discurso dele mude. Como afirma uma pessoa próxima da família, Josué é desconfiado como o pai: mantém sempre “três pés atrás”.

O capital político do empresário é disputado, além do PDT, por PT, PRB e MDB. Além de ter recursos próprios para financiar uma campanha eleitoral, Josué tem interlocução com o mercado financeiro e apoio em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Por aqui também é cogitado fortemente como vice em uma chapa do governador Fernando Pimentel, que buscará a reeleição.

O MDB até tentou mantê-lo na sigla, com o argumento de que ele é um quadro que teria futuro na legenda. “Ele tem tamanho e estatura política suficientes para formar qualquer chapa na disputa nacional”, disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Em sua saída para o PR, Josué evitava explicar o motivo da troca partidária. Ele só afirmava que pretendia seguir neste ano no campo da centro-esquerda.

Vice Josué. A explicação da mudança remete a um encontro entre Josué e Lula em outubro. Em visita à fábrica da Coteminas, durante caravana pelo país, o petista disse ao empresário que queria repetir a chapa que o elegeu presidente em 2002.

“Eu já falei, todo mundo quer. Lula presidente e vice Josué”, cantaram os funcionários da empresa.

Segundo amigos de Josué, o convite o animou e o levou a escolher o PR, antigo PL, sigla pela qual seu pai chegou ao posto de vice-presidente. A prisão do petista, em abril, contudo, criou incertezas no empresário, mas não no PT, que insiste em uma chapa com ele.

“O sonho de Lula é ter o Josué como vice. Ele estabelece uma ponte importante do partido com o empresariado nacional. Nós trabalhamos ainda com essa hipótese”, disse o ex-ministro petista Gilberto Carvalho.

Sem Lula, o PRB, que tentou filiar Josué no início do ano, voltou a cogitar uma dobradinha dele com o amigo Flávio Rocha, pré-candidato presidencial. As posições conservadoras do dono da Riachuelo, contudo, são avaliadas como uma barreira pelo empresário.

Se o PR decidir apoiar Jair Bolsonaro, do PSL, dirigentes do partido acreditam que Josué deve se voltar para a disputa em Minas Gerais, como vice de Pimentel.

“Sem o Lula, o destino dele segue incerto”, conclui o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira.

 


 

 

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