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SP: delegacias guardam 49 toneladas de drogas para serem queimadas
Lei manda destruir material em até 30 dias com autorização da Justiça 12/01/2018

 

 

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Apreensões de drogas em São Paulo somam 17 toneladas em média por mês
Apreensões de drogas em São Paulo somam 17 toneladas em média por mêsVanusa Torchi/Sigmapress/Folhapress - 02.12.2017

As apreensões de drogas em São Paulo atingiram a marca de 17 toneladas em média por mês no ano passado, mas o ritmo e o volume das apreensões criaram problemas nas delegacias do Estado, que acumulam expressivas quantidades de cocaína, maconha e outras drogas em salas e cofres.

A lei determina a destruição do material em até 30 dias com autorização da Justiça e acompanhamento do Ministério Público.

Mas um levantamento inédito feito com base na Lei de Acesso à Informação mostra que as delegacias armazenam pelo menos 49 toneladas de entorpecentes, resultado da diferença entre o que foi apreendido e incinerado no Estado entre 2016 e 2017 (veja mais no quadro abaixo).

Na média mensal, a polícia registrou aumento de 42% nas apreensões de drogas no Estado. Até outubro do ano passado, cerca de 170 toneladas de entorpecentes tinham sido apreendidas. Neste mesmo período, foram incineradas 149 toneladas de drogas.

As 21 toneladas restantes juntas com cerca 28 toneladas que não foram destruídas em 2016 viraram motivo de preocupação de policiais em todo o Estado. Na capital, são pelo menos 18 toneladas de entorpecentes que não foram destruídos e que estão guardados em salas de delegacias.

Policiais ouvidos pela reportagem, com a condição de não se identificar, atribuem a situação a dois fatores: demora de determinados juízes em autorizar a destruição das drogas e falta de verbas para a contratação do serviço de incineração.

Todos os consultados foram taxativos em afirmar que a situação é preocupante, porque os distritos policiais não têm estrutura adequada para armazenar grandes quantidades de entorpecentes. A exceção seria o Denarc (Departamento de Narcóticos), que possui um cofre seguro para o armazenamento das drogas apreendidas.

O temor dos policiais que trabalham nas delegacias no Estado, sobretudo aquelas que ficam nos bairros mais afastados e atendem ao público, é fundamentado, uma vez que o valor total de mercado dos diferentes tipos de drogas ilícitas guardados nos distritos chega a mais de R$ 120 milhões.

Na foto, cão da PM achou 70 tijolos de maconha em Campinas
Na foto, cão da PM achou 70 tijolos de maconha em CampinasDenny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo – 28.12.2017

Prazos

A Lei 11.343/2006 (Lei de Entorpecentes) prevê que a destruição das drogas seja feita em até 10 dias nos casos de prisão de traficantes em flagrante e incineração em até 30 dias nas apreensões sem presos em flagrante. A lei determina ainda que a incineração seja acompanhada por um promotor de Justiça e um funcionário da Vigilância Sanitária.

SP: delegacias guardam 49 toneladas de drogas para serem queimadas

Lei manda destruir material em até 30 dias com autorização da Justiça

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Apreensões de drogas em São Paulo somam 17 toneladas em média por mês
Apreensões de drogas em São Paulo somam 17 toneladas em média por mêsVanusa Torchi/Sigmapress/Folhapress - 02.12.2017

As apreensões de drogas em São Paulo atingiram a marca de 17 toneladas em média por mês no ano passado, mas o ritmo e o volume das apreensões criaram problemas nas delegacias do Estado, que acumulam expressivas quantidades de cocaína, maconha e outras drogas em salas e cofres.

A lei determina a destruição do material em até 30 dias com autorização da Justiça e acompanhamento do Ministério Público.

Mas um levantamento inédito feito com base na Lei de Acesso à Informação mostra que as delegacias armazenam pelo menos 49 toneladas de entorpecentes, resultado da diferença entre o que foi apreendido e incinerado no Estado entre 2016 e 2017 (veja mais no quadro abaixo).

Na média mensal, a polícia registrou aumento de 42% nas apreensões de drogas no Estado. Até outubro do ano passado, cerca de 170 toneladas de entorpecentes tinham sido apreendidas. Neste mesmo período, foram incineradas 149 toneladas de drogas.

As 21 toneladas restantes juntas com cerca 28 toneladas que não foram destruídas em 2016 viraram motivo de preocupação de policiais em todo o Estado. Na capital, são pelo menos 18 toneladas de entorpecentes que não foram destruídos e que estão guardados em salas de delegacias.

Policiais ouvidos pela reportagem, com a condição de não se identificar, atribuem a situação a dois fatores: demora de determinados juízes em autorizar a destruição das drogas e falta de verbas para a contratação do serviço de incineração.

Todos os consultados foram taxativos em afirmar que a situação é preocupante, porque os distritos policiais não têm estrutura adequada para armazenar grandes quantidades de entorpecentes. A exceção seria o Denarc (Departamento de Narcóticos), que possui um cofre seguro para o armazenamento das drogas apreendidas.

O temor dos policiais que trabalham nas delegacias no Estado, sobretudo aquelas que ficam nos bairros mais afastados e atendem ao público, é fundamentado, uma vez que o valor total de mercado dos diferentes tipos de drogas ilícitas guardados nos distritos chega a mais de R$ 120 milhões.

Na foto, cão da PM achou 70 tijolos de maconha em Campinas
Na foto, cão da PM achou 70 tijolos de maconha em CampinasDenny Cesare/Código19/Estadão Conteúdo – 28.12.2017

Prazos

A Lei 11.343/2006 (Lei de Entorpecentes) prevê que a destruição das drogas seja feita em até 10 dias nos casos de prisão de traficantes em flagrante e incineração em até 30 dias nas apreensões sem presos em flagrante. A lei determina ainda que a incineração seja acompanhada por um promotor de Justiça e um funcionário da Vigilância Sanitária.

 

 


 

 

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