A decisão do futuro político do vereador itabirano Reginaldo das Mercês Santos (PTB) ficou para o dia 4 de dezembro. No julgamento desta quinta-feira, 23 de novembro, no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG), um dos juízes pediu vista ao processo movido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que pede a cassação do parlamentar por capitação ilícita de sufrágio.
O pedido de vista foi feito pelo juiz Ricardo Matos. Ele era o terceiro dos seis membros presentes ao plenário que votariam no processo. Os dois primeiros, incluindo o relator Paulo Rogério de Souza Abrantes, votaram contra a cassação do vereador. Os quatro magistrados restantes darão os votos na data marcada para a nova sessão de julgamento.
Reginaldo teve o diploma cassado em primeira instância pela juíza Fernanda Chaves Carreira Machado. Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral de Itabira, um cabo eleitoral e um irmão do parlamentar teriam levado eleitoras para votar no Distrito de Senhora do Carmo. A ação foi flagrada pela própria promotora Giuliana Talamoni Fonoff, que acionou a Polícia Militar no dia da eleição.
Após a decisão em Itabira, o vereador recorreu ao TRE/MG e conseguiu uma liminar para continuar no cargo enquanto o métrico do recurso não é julgado. Em segunda instância, até mesmo o Ministério Público se manifestou contra a manutenção da cassação.