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Planalto infla agenda de Temer
Pelo menos três dos 42 deputados listados negam que tenham pedido audiência com presidente 04/10/2017

Temer
Em dia de maratona de audiências, Temer disse que segunda denúncia da PGR é “inepta”

BRASÍLIA. O Palácio do Planalto inflou a agenda dessa terça-feira (3) do presidente Michel Temer listando encontros com parlamentares que se disseram pegos de surpresa e negaram que se reuniriam com ele. Pelo menos três deputados que estavam na lista dos 42 que seriam recebidos por Temer ao longo do dia, segundo agenda divulgada pelo Planalto, negaram tal encontro. Rogério Rosso (PSD-DF), que constava na reunião das 15h, disse que apenas pediu uma audiência para um outro deputado, mas que não iria ao Planalto. O mesmo aconteceu com o líder do PP, Arthur Lira (AL), que estava marcado para o encontro das 20h40. Ele disse que pediu uma audiência para a bancada de Roraima. “A liderança só pediu. Não vou”, afirmou o parlamentar.

A deputada Shéridan (PSDB-RR) ficou indignada com a inclusão do nome dela na agenda. Ela se disse “desrespeitada” e afirmou que não iria ao Planalto. Relatora de uma das propostas da reforma política, Shéridan afirmou que não foi consultada para a inclusão do nome dela na agenda. “A Presidência tem todos os meus contatos, e, em nenhum momento, falou comigo. Eu não solicitei e não tenho interesse nessa agenda”, afirmou a deputada. “Achei desrespeitoso e desagradável”, completou Shéridan, afirmando que votará pelo prosseguimento da segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra Michel Temer por obstrução de Justiça e participação em organização criminosa.

A maratona de reuniões com parlamentares tem o objetivo de conseguir apoio para barrar o avanço da denúncia na Câmara, assim como ocorreu às vésperas da primeira ação penal – que, em agosto, não teve o aval dos parlamentares para prosseguir. A agenda dessa terça-feira (3) incluiu membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como Édio Lopes (PR-PR), o segundo na agenda, e Alceu Moreira (PMDB-RS), que tinha duas audiências previstas com Temer. É pela CCJ que passará, primeiro, a peça do Ministério Público Federal (MPF), para, então, seguir para avaliação do plenário da Casa. A ideia é que a romaria no gabinete presidencial continue até a votação final e se estenda a parlamentares indecisos.

Em sua conta oficial do Twitter, Temer afirmou que os encontros com parlamentares são uma rotina que sempre teve. “Vou conversar com representantes de todos os partidos da base, de todas as regiões do Brasil. É uma rotina que sempre mantive”, escreveu, justificando a agenda: “O diálogo é fundamental para a harmonia entres os Poderes”.

Apesar de tentar dar tom de normalidade à maratona de reuniões, Temer vinculou, indiretamente, a agenda intensa com parlamentares à denúncia da PGR: “Precisamos lidar com mais uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma associação criminosa que quis parar o país”, escreveu o presidente no Twitter.

E-mail. O Planalto divulgou um e-mail enviado pelos líderes do PP, Arthur Lira, e do DEM, Efraim Filho, pedindo um encontro com Temer para a bancada de Roraima, da qual Shéridan faz parte.


 

 

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