Jovens foram às ruas de João Monlevade na tarde desta segunda-feira, 2 de outubro, em protesto por segurança e contra a violência de gênero. Eles percorreram o caminho entre a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), no bairro Baú, e a Praça do Povo, no Centro, com faixas, cartazes e um apitaço. O ato ocorre após uma estudante de 21 anos ter sido espancada e estuprada na cidade, na última sexta-feira, 29 de setembro.
Na sexta, após sair da aula, no campus da UEMG, a vítima foi rendida por um criminoso, armado. Ele a levou para um local deserto, a amarrou e violentou. Após o estupro, ele fugiu com dinheiro e pertences da vítima.
A UEMG está localizada em ponto ermo de João Monlevade, em frente ao Cemitério do Baú e acima da cadeia pública. Há uma reclamação reiterada de estudantes e funcionários da instituição de falta de iluminação adequada no entorno, além do mato alto.
O estupro é investigado pela Polícia Civil.
A UEMG, por meio de nota, manifestou consternação pelo crime “e com ela solidariza-se pelo sofrimento de que foi alvo no dia 29 de setembro, nas imediações da Universidade”.
“Ainda que a prática criminosa não tenha ocorrido dentro da sede da Universidade, a diretoria soma-se às vozes de sua comunidade acadêmica, que hoje se manifesta nas ruas, de forma pacífica e organizada, por mais investimentos em segurança”, ressalta a direção.
Segundo a nota, a diretoria já dialoga com autoridades pedindo maior policiamento no perímetro da UEMG, manutenção e reforço da iluminação pública e outras intervenções. “Assim, foi definida uma agenda de encontros durante esta semana junto à Polícia Militar, à Prefeitura Municipal e também à Câmara de Vereadores de João Monlevade, para que casos análogos não tornem a ocorrer, especialmente nos horários em que se ministram as atividades acadêmicas”.