Joesley está em cela sem banheiro com executivo Ricardo Saud

BRASÍLIA. Acostumado à vida de luxo ao lado da esposa, com costumeiros bate-voltas para aproveitar alguns dos melhores restaurantes de Nova York, onde tem um apartamento na 5ª Avenida, o dono do grupo J&F Joesley Batista está “hospedado” em uma cela de 9 metros quadrados na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. E caso sua prisão temporária (que vence nesta quinta-feira (14) seja convertida em preventiva (sem prazo de validade), ele pode ser transferido para uma cela comum do presídio da Papuda. Isso porque o megaempresário não tem curso superior.

No Brasil, a legislação prevê condições diferentes para a prisão em caráter provisório (antes do julgamento). Por isso, presos com ensino superior podem ficar em um local especial na penitenciária. Ou seja, separados de “presos comuns”.

Por enquanto, não há perspectiva de transferência do bilionário. A prisão temporária pode ser prorrogada por mais cinco dias a pedido do procurador geral da República, Rodrigo Janot.

Desde segunda-feira, quando Joesley foi transferido para Brasília com o executivo Ricardo Saud, os dois dividem uma cela sem banheiro e com um cano de água fria. Consigo, o dono da J&F levou apenas algumas roupas, produtos de higiene e um terço que beijou ao descer em Brasília.

Silêncio. Joesley alegou necessidade de aguardar desfecho sobre validade de sua delação e optou por ficar em silêncio em depoimento nessa terça-feira (12) no âmbito da operação Greenfield.