Uma situação diferente foi registrada no último sábado, 26 de agosto, no cemitério municipal de Guanhães, a 140 quilômetros de Itabira. Devido à falta de coveiros no local, uma mulher teve que ser sepultada pelos próprios familiares.
O ocorrido gerou desconforto e indignação entre os parentes de Maria das Graças de Jesus, falecida na noite de sexta-feira (25/08). Segundo o genro da mulher relatou ao jornal Folha de Guanhães, o enterro estava marcado para as 16h, mas a família conversou com os coveiros para que o procedimento fosse atrasado em meia hora, porque muitas pessoas vinham de outros municípios para a última despedida. Porém, na hora combinada, a cova estava aberta, mas sem nenhum coveiro.
“Fui até o escritório do cemitério, liguei para uma funcionária e foi ela quem nos ajudou entregando pelo menos os ganchos para colocar o caixão dentro da cova. Nunca sepultamos ninguém e estávamos com muito medo de algo dar errado”, contou o genro Sandro Alex de Souza.
Também ao jornal Folha de Guanhães, a filha de Maria das Graças, Elizane de Jesus, disse estar indignada com o ocorrido. “Ficamos sem saber o que fazer. Eu só queria saber da prefeitura o porquê, isso não pode ficar assim”, afirmou.
Segundo a família, a funcionária do município disse que os coveiros não foram ao cemitério porque estavam realizando uma prova prática referente ao processo seletivo da Prefeitura e não teriam condições para trabalhar. De acordo com o jornal Folha de Guanhães, um dos coveiros informou não ter tido escolha. “Nós conversamos com a administração do cemitério e eles não nos deram escolha, disseram que teríamos que fazer a prova. Nós ainda questionamos sobre o horário do sepultamento, mas não adiantou”, contou.