O Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais de Itabira (Sintsepmi) decidiu, em assembleia, pedir intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no caso da suspensão da cobertura médica da Unimed Itabira ao funcionalismo público da cidade. Nessa segunda-feira, 10 de julho, a suspensão de serviços do plano de saúde completou uma semana.

O sindicato também quer que a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Municipais de Itabira (Cosemi) explique o porquê de não ter comunicado previamente os funcionários públicos do município de que eles teriam o convênio suspenso.

Em assembleia na Câmara no começo da noite de segunda-feira, servidores decidiram cobrar da Cosemi que apresente, mês a mês, sua prestação de contas. “É inaceitável que nós estejamos pagando nossa parte em dia e não receber os serviços contratados”, citou a presidente do sindicato, Priscila Miranda Xavier Costa.

O caso

A Unimed suspendeu o atendimento a cerca de 6.200 servidores municipais na semana passada, em função de uma dívida patronal herdada do governo passado - atualmente em R$ 2,8 milhões. Também há uma reivindicação por reajuste no contrato com a Cosemi, por perdas inflacionárias nos últimos 12 meses.

A Unimed mantém contrato com a Cosemi há 15 anos para que o servidor municipal tenha direito ao plano de saúde. Do valor pago mensalmente à Unimed pela Cosemi, uma parte é descontada do salário do servidor e, a outra parte, é repassada pela Prefeitura de Itabira, em coparticipação. 

Em 17 de julho, a Unimed fará nova assembleia com os cooperados a fim de decidir os rumos do contrato com a Cosemi. O município deverá apresentar, até a próxima sexta-feira (14), sua contraproposta de solução ao caso.