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Servidores pedem apoio dos vereadores após corte da Unimed
Plenário da Câmara ficou lotado de servidores públicos após corte do plano de saúde 05/07/2017

 

O plenário da Câmara Municipal ficou lotado de servidores públicos na tarde desta terça-feira (4). Com narizes de palhaço e uma faixa, eles cobraram apoio dos vereadores e pediram ao prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) que pague a dívida de R$ 2,8 milhões com a Unimed para que o plano de saúde seja reativado. O assunto foi o principal tema discutido durante a reunião de hoje e os servidores saíram com o apoio da maioria.

Itabira/MG – O tema é a polêmica da semana e começou após uma coletiva de imprensa realizada na Prefeitura na segunda-feira (3), quando a Unimed Itabira, por meio de seu presidente, o médico Virgilino Quintão, anunciou o corte do benefício aos servidores públicos devido a uma dívida que se arrasta desde o governo anterior, do ex-prefeito Damon Lázaro de Sena (PV).

Na Câmara os vereadores criticaram a postura da direção da Unimed. Muitos deles disseram que a operadora do plano de saúde não deveria ter feito o corte do benefício sem aviso prévio. O cancelamento do serviço, segundo algumas críticas, prejudicou uma série de servidores em pleno tratamento médico.

 
Rodrigo Assis – vereador

Este alerta foi feito pelo vereador Rodrigo Alexandre Assis Silva “Diguerê” (PV). Durante o debate o vereador disse que foi procurado por uma servidora aposentada, que reclamou do corte no meio de um tratamento contra um câncer.

“Quando eu tomei conhecimento ontem a respeito disso eu pedi ao secretário de governo que tomasse providência em relação a este caso […] Eu fui surpreendido agora. A pedido de uma pessoa eu quero transmitir uma situação muito séria. Ela está em tratamento oncológico e foi surpreendida com este corte. Isso é algo muito grave e eu entendo que não é vontade do governo que isso aconteça, mas eu quero pedir ao prefeito e à Unimed que tenham bom senso porque várias pessoas dependem deste plano de saúde”, cobrou o vereador.

 

 

O corte do plano de saúde foi estabelecido em uma assembleia da Unimed realizada no dia 28 de junho. No entanto, segundo o regimento interno da instituição, outra assembleia para deliberar sobre o assunto só pode ser realizada 10 dias depois. Para evitar que os servidores fiquem sem o plano, a Prefeitura tenta uma liminar na Justiça que obrigue a prestadora a voltar com o serviço o mais rápido possível.

 

O convênio é feito entre a Unimed e a Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores Municipais de Itabira (Cosemi) e atende cerca de 6.200 servidores.

 
André Viana – vereador

Representantes da Unimed, da Cosemi, da Prefeitura e também do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabira (Sintsepmi) deverão comparecer à Câmara Municipal ainda esta semana para debaterem mais uma vez o assunto.

“A gente percebe que a situação tem dois erros. Primeiramente é um erro governamental. O governo deveria ter regularizado anteriormente o que não foi feito, mas queremos convocar o representante da Unimed para se explicar porque um plano de saúde que tem mais de 20 mil inscritos, que está milionário, já gozou de bons tempos de governança em Itabira sem se preocupar quem era o prefeito, e, vem da noite pro dia e corta o plano sem nem avisar as pessoas. Isso é muito criminoso”, atacou o vereador André Viana Madeira (PTN).

 
Allain Gomes – vereador

Dívida de R$ 2,8 milhões não tem como ser paga no momento, diz líder do Governo

O líder do Governo na Câmara, vereador Allain Anderson de Figueiredo Gomes (PDT) disse que a Prefeitura e a Cosemi estão tentando reverter a situação dos cortes com o pedido de liminar encaminhado à justiça. Segundo ele, a Unimed deverá realizar uma nova assembleia dentro de 10 dias para discutir o caso, mas enquanto isso, todas as partes envolvidas estarão debatendo medidas para que o servidor não saia prejudicado.

No entanto, Allain foi bem claro ao dizer que a prefeitura não tem condições de quitar o débito no momento. Segundo ele, a dívida vem se arrastando desde o governo anterior. Na gestão atual, explicou o vereador, a dívida foi de aproximadamente R$ 250 mil, que já foi negociada e será paga.

“A Unimed precisa de 10 dias para a marcação de uma nova assembleia e neste tempo será debatido o que pode ser feito em relação a este contrato para que possa chegar a um denominador comum. Este valor de R$ 2,8 no momento não tem como ser pago. O prefeito vai arcar com todos os seus compromissos, então, a gente vai aguardar que seja realizada essa assembleia com a Unimed para que seja tomada as decisões cabíveis. A Cosemi entrou com ação na justiça e pode ser que o plano volte ainda nesta terça-feira. Estamos aguardando a decisão”, informou o vereador.


 

 

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