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Projeto Alátúnṣe: Muro da Praça do Povo é grafitado com nomes de escravizados do engenheiro Jean Monlevade
24/11/2024


 

Trata-se do projeto “Alátúne (pronuncia-se “alatunxé”), iniciativa do Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Compir) e da Fundação Casa de Cultura de João Monlevade (FCC) para marcar o 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Este ano, pela primeira vez, a data foi feriado municipal (Lei nº 2588/2023) e nacional (Lei nº 14.759/2023).

Neste primeiro momento, a coincidência com o período de decoração natalina na praça - que permanecerá no local até 7 de janeiro de 2025 - comprometerá provisoriamente a visualização dos nomes grafitados, mas o projeto não se limitará a este mês nem a este ano. Outros nomes serão acrescentados à divulgação em anos seguintes, e são previstas também ações educativas para disseminar o conhecimento sobre esses trabalhadores e trabalhadoras.

Tudo começou no primeiro semestre deste ano quando o jornalista Wir Caetano, servidor da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), à qual está vinculado o Compir, encontrou em uma tese de doutorado a transcrição dos dois inventários: de Jean Monlevade, com 247 nomes, distribuídos entre suas fazendas: a Solar Monlevade e a Serra, localizada em Tombos de Carangola; e de sua mulher, Clara Sofia, falecida em 1876, quatro anos após o marido, com 105 nomes.

Segundo Wir Caetano, ele procurou a tese depois de encontrá-la citada em um artigo do professor Sérgio Gimenes Romero, do grupo de pesquisa “História e Memória” da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). Há dois anos, a FCC firmou parceria com esse grupo para ter acesso a produções acadêmicas que exploram aspectos pouco ou nada divulgados da história local.

Projeto

Conforme falas de Nadja Lirio e do jornalista Wir Caetano para o vídeo institucional de divulgação do projeto, a escolha do Praça do Povo para receber os nomes dá “centralidade” à meria desses negros e negras que ajudaram a construir a cidade. Em complemento a esse aspecto, o projeto, por preencher uma grande lacuna na história local, marca de forma significativa o ano em que o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra se tornou feriado na cidade e em todo o país.


 

 

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