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Mãe de Carlos Mota desabafa: "Ver meu filho ser tirado de mim dessa forma é algo terrível"
07/06/2017

Dona Margareth, Leandro, Selma e Marcelo

“Eu sinto um vazio tão grande, uma tristeza que dói, me derruba. Quem é mãe sabe do que eu digo. Ver meu filho ser tirado de mim dessa forma é algo terrível”, diz a dona de casa Margareth Mota, emocionada, segurando uma fotografia do filho Carlos, de 22 anos, morto no último domingo, 4 de junho, no bairro Pedreira

“Carlinhos”, como cita, era o caçula dos homens da casa. Ao todo eram seis. De Carlinhos, fica a saudade e a lembrança de um jovem cheio de energia e determinação. “Eu não guardo ódio no meu coração de quem tirou a vida dele. Eu sinto pena. Mas tenho o desejo de justiça, que o responsável seja punido pelo que fez”, desabafou a mãe, contendo o choro.

Os irmãos de Carlos, Leandro e Marcelo, e a tia do jovem assassinado, Selma, foram à Câmara de Vereadores na tarde desta terça-feira, 6 de junho. Eles estiveram acompanhados de amigos de Carlos. Com cartazes, o grupo pedia segurança e justiça, para que outras famílias não passem pelo mesmo sofrimento. 

“Meu irmão não será mais um morto na cidade”, disse Leandro. A tia, Selma, lembrou do carinho do sobrinho. “Ele ficava muito na minha casa... Dá um sentimento de impotência. Eu não quero que Carlos seja só mais um em estatísticas. Queremos que isso acabe. Itabira já foi uma cidade tranquila, um lugar bom de se viver”, lamentou.

No começo da madrugada de domingo, quatro jovens saíram de uma festa na rua Luiz Lott, no bairro Pedreira, em um carro de passeio. Na rua Haiti, dois bandidos, um deles armado, fecharam o carro dos jovens e mandaram o motorista encostar e descer. O rapaz que conduzia o veículo acelerou para escapar da ação dos criminosos. O assaltante armado atirou contra o lado do carona e o disparo atingiu a cabeça de Carlos Mota, que foi socorrido ao pronto-socorro de Itabira, mas não resistiu ao ferimento. 

O episódio figura o 16º homicídio registrado em Itabira em 2017. 

Nessa segunda-feira (5), o comandante do 26º Batalhão da PM, tenente-coronel Hudson Ferraz, disse que, desde o ocorrido, a corporação empenha esforços na identificação, localização e prisão do homicida.

Na Câmara, os familiares e amigos da vítima ouviram nesta tarde manifestações de solidariedade dos parlamentares. A sessão teve um minuto de silêncio em memória do rapaz. André Viana (PTN) e Vetão (PSB) pediram a realização de audiência pública para tratar de temas referentes à segurança pública. 

Rodrigo Diguerê (PV) sugeriu ao presidente da Câmara, Neidson Freitas (PP), que envie documento, assinado por todos os legisladores, à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O intuito é cobrar atenção à cidade e reforço no aparato de segurança. 

No próximo sábado (10), o grupo de familiares e amigos de Carlos farão uma manifestação no Centro. O ato sairá às 9h, da Praça Acrísio, e percorrerá, entre outras vias, a avenida João Pinheiro. A mobilização pretende atrair olhares e despertar ações ante o quadro de violência que assusta a cidade.

 


 

 

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