Os projetos estão sendo desenvolvidos com intuito de criar espaços sustentáveis em áreas de proteção ambiental, considerando as diretrizes do Plano Diretor da capital. A Urbel, por meio do trabalho social do PAC Bacias, iniciou em 2015 o cadastramento de mais de 1.500 famílias e a remoção das moradias em locais de alagamento. Após o reassentamento das famílias, as áreas remanescentes foram destinadas para a construção de campo de futebol, criação de hortas comunitárias, plantio de mudas diversas e a instalação de brinquedos, mesas e bancos.
De acordo com a diretora de trabalho Técnico Social da Urbel, Ana Flávia Martins, o reconhecimento é fruto da parceria de sucesso com os moradores. “Por meio de ações sociais, conseguimos desenvolver um projeto muito próximo ao tão sonhado pelos moradores da região. E esse reconhecimento da ONU é um impulso ainda maior para a população conquistar outros espaços e se apropriar dos equipamentos construídos para o uso coletivo”, disse a diretora.
Intervenções
Novo Aarão Reis: construção de pista de caminhada, implementação de pomar agroflorestal junto à horta já organizada pela comunidade, novo parque infantil com brinquedos, paisagismo e mobiliário urbano.
Ribeiro de Abreu: construção de pista de caminhada, renovação do parque infantil com brinquedos, paisagismo e mobiliário urbano, instalação de alambrado e renovação do campo de futebol existente.
Segundo o subsecretário de Planejamento Urbano, da Secretaria de Política Urbana, Pedro Maciel, os projetos estão considerando as intervenções que já estavam sendo desenvolvidas pela comunidade, como as hortas comunitárias, e incrementando outras como as agroflorestas.
Ainda de acordo com ele, os parquinhos que serão implantados foram pensados em conjunto com as crianças, a partir das oficinas realizadas com elas. A pista de caminhada também trará novas possibilidades de lazer, além de potencializar o uso do espaço público. “Essas intervenções, além de promoverem espaços de lazer e convívio, favorecem o engajamento social dos moradores, evitam novas ocupações de moradias em áreas de risco, diminuindo a possibilidade de inundações. Este projeto faz parte de um plano maior de integrar as margens do Ribeirão do Onça e é entendido como uma referência para os próximos”, ressalta o subsecretário.