Vereador cobra explicações de parceria entre Funcesi e colégio que funciona em suas dependências
O vereador André Viana Madeira (PTN) utilizou a tribuna da Câmara Municipal na tarde desta terça-feira (23) e como presidente da Comissão de Direitos do Consumidor da Câmara Municipal questionou a parceria entre a Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi) e o Colégio Auge, que funciona em suas dependências.

De acordo com o vereador, o Colégio Auge é uma instituição de ensino particular que funciona dentro das dependências da Funcesi, que por sua vez é uma fundação comunitária com parcerias com instituidores como a Prefeitura Municipal de Itabira, a Câmara Municipal de Itabira e a Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano.
Sem levantar nenhum tipo de acusação, o vereador apenas cobrou explicações em relação a esta parceria entre as duas instituições de ensino e pediu que representantes da faculdade e do colégio visitem à Câmara e expliquem aos vereadores como foi instituída essa relação. De acordo com o vereador, as escolas precisam responder algumas perguntas, como, qual o benefício essa parceria trás para a comunidade itabirana.
“Eu gostaria de contar com os vereadores desta casa e também, como presidente da Comissão de Direito dos Consumidores para que a Funcesi explique essa relação público privado, pois, sabemos que é uma instituição com fins lucrativos mas tem ligação com o público. Qual o benéfico a cidade tem com o colégio auge? Existe bolsa para os alunos? O que a Funcesi tem de lucro com isso? Qual a autorização a Funcesi teve para fazer essa parceria com o colégio? Existe alguma relação de parentesco entre diretores da Funcesi e donos do Auge? Quem são os donos do Auge?”, disparou o vereador.
Segundo André Viana, o vereador Rodrigo Alexandre Assis Silva “Diguerê” (PV) já havia cobrado explicações das duas instituições de ensino na legislatura passada, mas não houve nenhum posicionamento. Em tom mais duro, o vereador chegou a cogitar a possibilidade e abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a parceria, caso as duas instituições não mandem representantes à Câmara municipal para explicar os detalhes envolvendo a relação.
“Queremos saber mais detalhes a respeito desta relação e caso não tenha [as explicações], vamos pedir uma CPI para termos essas informações de forma elucidativa, queremos ver o que há por trás, queremos saber se há uma normalidade neste contrato entre o colégio e a Funcesi, mas se existem coisas a serem explicadas, que sejam”, disse o vereador ao concluir seu discurso na tribuna.