O deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) que barre qualquer pedido de prisão contra ele por parte da Polícia Federal. A solicitação foi feita após o colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", informar que a corporação pretendia fazer o pedido de detenção à Corte máxima do judiciário brasileiro.
Na última terça-feira, Amauri Ribeiro afirmou que deveria estar preso por ter colaborado com os acampamentos e atos do dia 8 de janeiro, que culminaram com a invasão e a depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
No discurso feito na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás, ele afirmou qeu financiou os atos para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e tentar derrubá-lo, ao comentar a prisão do coronel Benito Franco, ex-comandante da Rotam em Goiás. "A prisão do coronel Franco (que ficou 51 dias preso pela Lesa Pátria mas já está solto) é um tapaq na cara de cada cidadão de bem neste Estado. Foi preso sem motivo algunm, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota", afirmou na ocasião.
Na petição ao STF, porém, Amauri Ribeiro muda completamente de posição. O advogado Demóstenes Torres, ex-senador, afirmou ao ministro que as falas do parlamentar foram retiradas do contexto e que ele considera que os responsáveis pelos atos do dia 8 de janeiro são "vândalos, bandidos e delinquentes". A defesa também argumenta que qualquer prisão deve ser autorizada pela Assembleia de Goiás.



