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PF indicia 2 ex-integrantes da cúpula da segurança do Amazonas por envolvimento em chacina há 3 anos
01/05/2023

Por Jornal Nacional

 

 

PF indicia 2 ex-integrantes da cúpula da segurança do Amazonas por envolvimento em chacina há 3 anos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PF indicia 2 ex-integrantes da cúpula da segurança do Amazonas por envolvimento em chacina há 3 anos

 

Polícia Federal indiciou dois ex-integrantes da cúpula da segurança do Amazonas por envolvimento em uma chacina de três anos atrás.

O coronel Louismar Bonates era o secretário de Segurança Pública do Amazonas quando a Polícia Militar fez uma operação com mais de 50 homens na região de Nova Olinda do Norte, a 134 km de Manaus, em agosto de 2020.

A investigação da Polícia Federal concluiu que a tropa, sob o comando do coronel Ayrton Norte, invadiu casas sem ordem judicial, torturou moradores e assassinou cinco pessoas, entre indígenas e ribeirinhosO grupo também seria responsável pelo desaparecimento de outras duas pessoas. Segundo a investigação, os corpos foram jogados no Rio Abacaxis, que corta o município.

 

Jornal Nacional teve acesso ao teor do indiciamento de Bonates. A PF concluiu que o então secretário de Segurança Pública usou o cargo para ordenar e viabilizar uma operação de extermínio, que resultou na chacina, determinando o cometimento de execuções sumárias, torturas e outros crimes hediondos.

Segundo a Polícia Federal, em julho de 2020, o então secretário-executivo do governo do Amazonas, Saulo Rezende Costa, foi baleado no braço após tentar entrar com uma lancha particular em uma área proibida para pesca esportiva em Nova Olinda do Norte. Dias depois, quatro PMs à paisana foram até o local na mesma lancha para prender os atiradores. Houve confronto e dois policiais morreram.

Moradores de Nova Olinda do Norte (AM) relataram ter tido a casa revirada e sofrido tortura durante operação policial — Foto: JN

Moradores de Nova Olinda do Norte (AM) relataram ter tido a casa revirada e sofrido tortura durante operação policial — Foto: JN

Na época, o governo do Amazonas anunciou uma grande operação na região. Bonates e Norte foram à Nova Olinda do Norte com o objetivo de desarticular a quadrilha que aterrorizava os moradores. Ao menos 100 famílias de 11 comunidades relataram ter sofrido tortura para revelar o paradeiro dos assassinos dos policiais.

Bonates foi indiciado pelos crimes de homicídio, tortura, associação criminosa, cárcere privado, obstrução, entre outros delitos. A PF indiciou Airton Norte pelos mesmos crimes.

Estes são os dois primeiros indiciamentos de uma investigação que já dura quase três anos. A PF ainda investiga cerca de 130 policiais, entre civis e militares, suspeitos de participar das ações e de acobertar Bonates e Norte.

 

"Para nós é uma primeira vitória, mas queremos ainda que a investigação avance e os demais responsáveis sejam também responsabilizados por esse massacre", afirma Márcia Dias, representante da FAMDDI.

 

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A defesa de Louismar Bonates e Ayrton Norte declarou que os clientes não cometeram nenhum crime e que eles estão à disposição das autoridades policiais e da Justiça para esclarecer os fatos.

 


 

 

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