Morar em Belo Horizonte ficou mais caro. Contudo, há tendência de que os valores pagos para compra e venda de imóveis fiquem estáveis ou, até, mais baratos nos próximos meses. As informações são de uma pesquisa do QuintoAndar e Casa Mineira, divulgada nesta semana.
O mercado de compra e venda de imóveis em Belo Horizonte registrou alta de 1,7% no valor do médio do metro quadrado entre julho e setembro, na comparação com o mesmo período de 2021. Entre o segundo e o terceiro trimestre de 2022, a taxa foi ainda maior, de 2,6%. O valor médio do metro quadrado na capital mineira é de R$ 4.867.
Apesar disso, a tendência para o médio-prazo é de estabilidade ou leve desaquecimento. “Houve reaquecimento que estamos observando nos últimos meses, mas a perspectiva é de estabilidade, não tanto de crescimento, tanto no mundo quanto no Brasil. O que vemos é fruto do reaquecimento da economia, volta ao trabalho e estudo presencial”, explica o economista do QuintoAndar Vinícios Oike.
Conforme o estudo, a alta foi registrada principalmente pelo crescimento de atividades nas regiões Centro-Sul, de 12,5%, e Norte, de 13,5%. As demais regionais, com exceção da Oeste, que não teve aumento de atividades no ramo, tiveram 10% de alta. O mercado manteve a tendência revelada em outras pesquisas, de valorização de bairros adjacentes às regiões mais desejadas em Belo Horizonte.
O principal exemplo é o bairro Havaí, próximo ao Buritis. “Há o desejo da localização, de querer morar em uma região boa, bem localizada, relativamente próxima de polos de emprego, boas escolas, mas com melhor custo-benefício”, completa Oike.
Apartamentos menores não ‘pegaram’ em BH
Em contraste com outros mercados no Brasil, especialmente em São Paulo, Belo Horizonte não aceitou a tendência de redução no tamanho dos apartamentos. A preferência ainda é por imóveis maiores, com dois ou três quartos, mesmo entre quem busca casas menores. “É uma característica da capital mineira. Há uma resistência quase cultural aos microapartamentos, studios etc”, pontua o economista. “Não sei porque, mas o estoque existente de imóveis é de apartamentos maiores e há essa busca”, completa.
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Há espaço para negociação de preços
Há mais possibilidade de negociar o preço de imóveis do que no passado. O desconto médio das transações realizadas no período foi de 4,4% - 0,2 ponto percentual acima do registrado no mesmo período do ano anterior. O indicador é “uma medida que reflete o aquecimento do mercado a partir da negociação entre proprietários e compradores”, segundo a empresa.
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