Após cerca de 20 anos acompanhando Arnaldo Antunes, Mallu Magalhães, Milton Nascimento, Gal Costa, Tom Zé, Edgard Scandurra e outros músicos importantes, o tecladista e compositor André Lima, agora Limma, se lançou em carreira solo com as músicas Infinito Sobre Nós, em parceria com Rômulo Fróes, e Mesmo Assim, com Carlinhos Brown, encontráveis no Youtube e outras ferramentas néticas.
Radicado em São Paulo desde 2007, o itabirano já teve composições gravadas pela banda Natiruts, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Arnaldo Antunes e, entre outros, Carlinhos Brown, de quem partiu o convite ao mineiro para dar um passo adiante na carreira. As canções saíram pelo selo Candyall Music, de propriedade do compositor e multi-instrumentista baiano.
“Fizemos umas 30 músicas juntos e os laços se estreitaram”, explicou o itabirano, com quem O TREM conversou.
O TREM — Por que a decisão de se lançar solo?
Limma — Depois de vários anos colaborando com outros artistas, tocando ou compondo, chegou a hora de defender minhas próprias canções. Estou mais seguro pra cantar e mostrar a cara. Tenho uma coleção de músicas que fazem sentido na minha voz e resolvi colocar em prática o que várias pessoas vinham me cobrando: gravar meu próprio trabalho como artista-solo.
O TREM — O que espera dessa nova fase?
Limma — Fortalecer minha carreira de compositor, ampliar o alcance das minhas músicas na voz de outros artistas e também de produtor musical, uma vez que eu mesmo produzi minhas músicas. Surgirão outros artistas que se identificarão com a estética e convidarão para novos trabalhos. Além disso, gosto de acreditar que é uma forma de resistência artística, plantar canções neste mundo de hoje, cada vez mais Tiktok.
O TREM — Como define seu estilo musical?
Limma — Faço canções pop, mas não acho que me encaixo no pop que é mais difundido hoje. É algo nos moldes das músicas radiofônicas de algumas décadas atrás, mas com sonoridade mais contemporânea. Trago elementos de música gringa, com sotaque brasileiro. Os timbres de teclados e synths estão bem presentes nas minhas músicas.
O TREM — Quais as dificuldades hoje para um artista-solo?
O TREM — Itabira está na sua agenda de shows?
Limma — Tenho enorme vontade de que isso aconteça, será muita alegria realizar um show meu em minha cidade natal. Por enquanto, não tem nada programado, mas certamente buscarei meios para que aconteça. A ideia é que seja com banda, para reproduzir bem a atmosfera criada nas músicas do meu 1º álbum, que virá em junho deste ano. Enquanto isso, convido meus conterrâneos a ouvirem meus primeiros singles em todas as plataformas digitais.