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Breve festival: fãs criticam organização e encaram maratona na volta pra casa
11/04/2022

Com demanda em alta, preço das corridas disparou, e cidadão precisou de paciência para encontrar carros de aplicativo

 

Após anos de espera pelo retorno dos grandes eventos musicais, o belo-horizontino pôde se reencontrar com esse tipo de programação nesse sábado (9/4). Se as atrações nos palcos não deixaram a desejar, quem compareceu ao Breve Festival reclamou da falta de organização da festa. Como se não bastasse, a volta para casa exigiu paciência de quem optou pelo transporte por aplicativo.

Uma das reclamações mais recorrentes é sobre a entrada no evento. Uma fila quilométrica se formou nos arredores do Mineirão por quem comprou o ingresso para pista. 

 
Isso porque havia um único acesso ao Breve por esse tipo de ingresso, o predominante entre os presentes. A entrada era pela Avenida Coronel Oscar Paschoal, quase na esquina com a Avenida Presidente Carlos Luz. 

Dentro do evento, a reclamação principal diz respeito à falta de funcionários para tirar dúvidas, problema que também aconteceu do lado de fora.

A organização do Breve Festival optou por vender comidas e bebidas a partir de um cartão magnético, que deveria ser carregado com funcionários do próprio evento.

A informação era de que os R$ 7 gastos para comprar o cartão seriam devolvidos ao final do Breve Festival, ou trocados por uma garrafa de água mineral. Mas, pessoas presentes ao evento garantem que não houve devolução nem troca.

O fotógrafo Rodrigo Ladeira veio de São Paulo para acompanhar os shows com amigos. Ele relata a falta de organização que enfrentou no Breve. 

“Eu queria muito ver o show da Céu, que seria às 15h30, mas da fila eu pude ouvir ela se despedindo das pessoas. Fiquei mais de uma hora andando ao redor do Mineirão para tentar entender como eu iria entrar. Encontrei uma menina que veio do Recife para ver o Djonga e não conseguiu entrar a tempo”, diz Rodrigo. 

Ele foi um dos que voltou para casa com o cartão magnético, sem a devolução do dinheiro prometida. “Ninguém sabia informar nada. Os funcionários não sabiam onde se vendia comida lá dentro. Uma amiga até encontrou o lugar onde estavam devolvendo o dinheiro do cartão, mas a informação foi de que o dinheiro havia acabado. O mesmo com as águas”, lamenta o fotógrafo. 

Outra reclamação de Rodrigo é a falta de identificação dos quatro palcos do evento. Ele diz que coisas básicas faltaram ao festival. “Colocaram dois infláveis no espaço entre os dois principais palcos. Só que eles ficavam no chão. A gente precisava pular sempre no meio da multidão”, reclama. 

A reportagem fez contato com o Breve Festival e aguarda posicionamento.

Volta para casa caótica

Se não bastasse a falta de organização do evento, quem preferiu ir ao Breve Festival de aplicativo precisou de muita paciência e de colocar a mão no bolso. Diante da alta dos combustíveis, o que resultou na diminuição da oferta de carros de app, a enorme demanda não foi atendida.

A estudante Inara Alves, de 21 anos, aguardou mais de um hora para conseguir encontrar um carro. A corrida dela, entre o Mineirão e o Bairro Itapoã, na Pampulha, saiu por mais de R$ 80, ao menos o triplo do preço habitual.

“Tive que descer a Abrahão Caram para conseguir um carro. O aplicativo não achava. Os táxis passavam e logo o povo corria atrás desesperado. Isso num cenário no qual a maioria havia ficado por horas em pé, com fome”, relata a jovem. 

O produtor de conteúdo Lucas Félix, de 27, enfrentou uma situação parecida. “Esperei mais de uma hora para encontrar um carro para ir embora, após o show do Grande Encontro. Estava muito cheio, então pensamos em andar para conseguir mais fácil. A gente conseguiu o carro por volta das 2h”, afirma. 

A solução encontrada por Lucas e seus três amigos foi pedir um único carro para a casa de um deles. De lá, pedir outros três transportes por aplicativo para terminar a viagem. “Os taxistas queriam cobrar R$ 150 para ir até Contagem. Preferimos esperar”, explica.

Bruna Batista já antecipou o possível problema e organizou uma van com amigos para ir embora do Breve Festival. Eles encontraram o veículo na Avenida Catalão para fugir do trânsito e da confusão nos arredores do estádio.

"A gente já tinha ido a vários outros festivais no Mineirão e sempre foi um caos: tudo fica muito caro, não acha carro e não tem ônibus. Tudo lotado e muita gente na rua. A gente pensou que neste ano, com o transporte (por app) ainda mais caro, seria ainda mais difícil. Já está difícil de achar no dia a dia, imagina saindo do Mineirão à meia-noite com milhares de pessoas?", diz a jovem.


 

 

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