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Reunião emergencial decide hoje se transporte terá corte de ônibus
15/03/2022

 

PBH e SetraBH vão analisar impactos do aumento do diesel e do colapso anunciado pelas empresas; desde o início da pandemia, frota teve queda de 15,9% em Belo Horizonte

 
Usuários já reclamam de demora à espera do transporte, mesmo com sindicato garantindo o pleno funcionamento
Usuários já reclamam de demora à espera do transporte, mesmo com sindicato garantindo o pleno funcionamento
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Foto: Flavio Tavares

Uma reunião hoje entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) pode ser decisiva para definir como será a prestação do serviço para os usuários nos próximos dias. O sindicato alega que o sistema está em ‘colapso’ após a alta de 25% no preço do diesel e chegou a anunciar, na última sexta-feira, uma redução no número de viagens fora do horário de pico a partir desta terça-feira. Horas depois, a entidade voltou atrás e disse que ia definir as medidas que “menos impactam” a população após a “reunião de emergência” convocada pela PBH.Ontem, prefeitura e SetraBH não se pronunciaram sobre a possível corte no número de ônibus em circulação.

Na prática, o usuário já enfrenta diminuição há dois anos. Dados do Relatório da Gerência de Controle, Estudos Tarifários e Tecnologia da BHTrans mostram que, em março de 2020, quando a pandemia da Covid-19 teve início, a frota era de 2.868 veículos. Em janeiro deste ano (último balanço divulgado), é de 2.410, uma redução de 15,9%.

 
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Um dos pontos usados pelo sindicato para justificar a crise financeira das empresas é a queda no número de passageiros, o que já vemsendo observado antes mesmo da pandemia. Em cinco anos, a redução foi de 44,33% (confira números na infografia). 

“Só anda de ônibus quem não tem alternativa”, analisa o economista João Luiz da Silva Dias, que também é ex-dirigente da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Ele atribui a queda de usuários à má qualidade do serviço prestado, à concorrência dos aplicativos de transporte e à aquisição de veículos e motos por parte da população. Dias afirma ainda não acreditar no argumento do SetraBH de que as empresas operam no prejuízo. “Elas estão tendo uma redução de mercado, ou seja, menos passageiros. Mas operam com frota ruim e degradada e não cumprem o quadro de horário de forma a não ficarem prejudicadas”.

Especialistas apontam ainda a necessidade de se alterar o contrato vigente, que se encerra em 2028. “O caminho para trazer alívio aos passageiros é rever o contrato e pensar em uma nova metodologia. Hoje podemos perceber que ficou inviável um transporte sem subsídio da prefeitura. Temos que sentar com todos os envolvidos, pois só está piorando”, ressalta o  vereador Wesley (sem partido), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário da Câmara de BH.

Usuários já sentem diminuição

Apesar do SetraBH ter garantido que o pleno funcionamento dos coletivos até hoje, usuários reclamavam ontem de demora à espera do transporte. A estudante de enfermagem Micaele Estefani, 22, passou a noite no hospital com a avó, na região Leste da capital, e, na hora de voltar para casa, no bairro Goiânia, na região Nordeste, ficou horas no ponto. “Estou tão cansada de esperar que troquei de ponto duas vezes. Não adiantou, só cansei. Agora o jeito é sentar e aguardar”, disse. 

O Movimento Tarifa Zero cobra participação popular nas tratativas entre PBH e SetraBH. “A sociedade civil não está sendo levada em consideração. Fazem reuniões a portas fechadas e muitas delas sem atas. Não sabemos o que está sendo colocado”, criticou  André Veloso, um dos integrantes do movimento. (Alice Brito/VF)

PL que prevê subsídio está na Câmara

A Prefeitura de BH já tem um projeto de subsídio de R$ 156 milhões às empresas de ônibus para cobrir gratuidades e, assim, reduzir R$ 0,20 no valor da tarifa (atualmente de R$ 4,50). A proposta foi enviada no fim do ano passado à Câmara Municipal, que pediu ajustes no textos e já recebeu o documento de volta.

“Esta é a última atualização sobre o assunto, já que a decisão de prosseguir com o projeto da maneira que estava ou corrigir de acordo com os parâmetros técnicos, é da prefeitura”, informou a Casa. (VF)

 


 

 

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