Polícia Civil identifica suspeitos de assalto à joalheria
07/02/2022
Polícia Civil identifica suspeitos de assalto à joalheria e recupera parte dos objetos roubados após cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de advogado suspeito de ter receptado os objetos
OAB e advogado por meio de nota falam sobre o caso
Na última sexta-feira (04/02), por meio de coletiva de Impressa, o Delegado Sávio Moraes, deu detalhes das investigações sobre o roubo a joalheria, no centro da cidade, que aconteceu no dia 25 de janeiro. Conforme o delegado, as informações preliminares davam conta que dois indivíduos de posse de arma de fogo assaltaram a joalheria, fugindo do local posteriormente em uma motocicleta.
Ainda segundo o delegado, a PM empreendeu diligências e conduziu dois indivíduos suspeitos para a delegacia, porém, durante lavratura de prisão em flagrante desses dois indivíduos, não foi identificado pela autoridade policial plantonista elementos de participação dos mesmos no roubo.
A Delegacia de Furtos e Roubos de Caratinga assumiu as investigações, recebendo elementos informativos que indicaram a identidade de um dos suspeitos de participação no crime, um homem de 32 anos.
No decorrer do inquérito, conforme destacado pelo Delegado, foi verificado, que um advogado, teria supostamente receptado parte das jóias roubadas. Desta forma, no dia 02 de fevereiro, a Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Caratinga, deu cumprimento a mandado de busca e apreensão em desfavor do advogado.
Na última quinta-feira (03/02), foi expedido mandando de busca e apreensão contra o segundo suspeito, de 19 anos, não sendo este encontrado na residência dele, ficando na condição de foragido. Na manhã da última sexta-feira (04/02), porém, o suspeito foi preso, pela Polícia Militar, no bairro Esperança, em Caratinga.
As investigações continuam. Conforme Sávio Moraes, o restado do material roubado estaria de posse de outra pessoa. Ainda durante as investigações ficou comprovada a participação de uma menor.
O advogado por meio de nota se manifestou sobre o caso. Ele alega que o escritório foi acionado para acompanhar a prisão de um indivíduo acusado de tráfico de drogas, indo a delegacia para acompanhar o flagrante.
“Ao final da prestação de serviço, os familiares do indíviduo informaram que não possuíam a quantia acordada pelos serviços, mas se propuseram em pagar das seguintes formas: com o repasse de um automóvel, uma motocicleta ou com uma certa quantia de bens, incluindo 3 peças de ouro. Diante disso, restou que a melhor forma de receber era aceitar as peças de ouro, haja vista que tanto o carro quanto a motocicleta ultrapassavam o valor acordado para o acompanhamento do flagrante. Posteriormente, o Dr. Cairo Gianini foi informado que as peças de ouro eram produtos de roubo pela equipe da Polícia Civil, o qual o indivíduo figurava como suspeito. “
Ao final da nota ele informa que não compactua com qualquer comportamento contrário à lei, e que em momento algum havia sido relato ao advogado que o produto era ilícito.
A 8ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Minas Gerais, também se manifestou sobre o caso, alegando que “Tendo em vista a repercussão da operação, é dever da OAB manifestar-se no sentido de que, seus inscritos, quando acusados de conduta ilegal, são submetidos ao Tribunal de Ética e Disciplina da entidade, e os processos disciplinares são sigilosos enquanto não houver o trânsito em julgado das decisões.Desse modo, a Ordem adotará todas as medidas adequadas e pertinentes ao caso, de acordo com a ordem jurídica do Estado democrático de direito.”
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