A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) entrou na Justiça com uma ação cautelar para impedir a greve dos metroviários anunciada para a próxima quinta-feira (23). De acordo com a sede da companhia em Belo Horizonte, a medida foi tomada após a notificação do Sindicato dos Metroviários (Sindimetro) de intenção de greve. 

Na ação protocolada, a CBTU pede ao Tribunal Regional do Trabalho a "interrupção imediata da greve ou a garantia de uma escala mínima, a fim de resguardar o transporte essencial à população que utiliza o metrô".

"A Companhia aguardará a manifestação do Poder Judiciário na expectativa de uma imediata convocação de audiência entre as partes. Se confirmada a paralisação, a greve prejudicará mais de 80 mil usuários que utilizam diariamente o metrô", disse a CBTU por meio de nota.

Entenda

Nesta terça-feira, o sindicato confirmou a paralisação. De acordo com o presidente Romeu José Machado Neto, a paralisação será total e começará a partir da meia-noite. Além disso, será por tempo indeterminado.

Com isso, cerca de 1.600 funcionários cruzarão os braços. O presidente disse que a categoria questiona uma nova resolução do Conselho de Parcerias de Investimentos, do Governo de Minas Gerais, que veda a possibilidade dos empregados de Belo Horizonte solicitarem transferência para outras unidades.

Segundo ele, a resolução afronta o acordo coletivo vigente, que permite o pedido de transferência. 

“Houve também, por parte da empresa, a movimentação de alguns empregados para a administração, mas sem critério algum. E o acordo dá a todo e qualquer empregado da CBTU BH, atualmente, a oportunidade de transferência”, explica.