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Brumadinho: Gilberto Gil e mais artistas enviam textos a famílias de vítimas
25/07/2021

 

Rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão completa dois anos e meio neste domingo (25)

Homenagem em Brumadinho
Amigos e parentes de vítimas do rompimento da barragem se reuniram no letreiro de Brumadinho
Foto
Foto: Avabrum / Divulgação
 

Dor, saudade, luta e poesia são palavras que marcaram a homenagem às 272 vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, que completa dois anos e meio neste domingo (25). Artistas como Gilberto Gil, Zélia Duncan e Zeca Baleiro enviaram textos que foram lidos por por parentes e amigos das vítimas em frente ao letreiro de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, e, nas redes sociais, serão declamados por figuras centrais do socorro ao município, como o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. 

“Há de surgir / Uma estrela no céu / Cada vez que ocê sorrir / Há de apagar / Uma estrela no céu / Cada vez que você chorar”: assim começa a poesia “Estrela”, enviada por Gil. Para a professora Natália de Oliveira, 39, membro da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem Minas Córrego do Feijão (Avabrum), que organizou o evento, o momento de poesia foi uma forma de expressar os próprios sentimentos. 

 

“Quando lemos os textos pela primeira vez, o corpo arrepiava e a voz embargava. Parece que os autores passaram dentro do nosso coração. Temos muitos sentimentos: amor, saudade, ódio, raiva, é tanta coisa junta…”, reflete. A irmã de Natália, Lecilda de Oliveira, era funcionária da Vale e morreu no rompimento da barragem. Ela é uma das dez vítimas cujo corpo ainda não foi localizado pelos bombeiros — que seguem com a busca.

A continuidade da procura é um dos temas do texto “Parar não é opção”, da atriz e jornalista Bianca Ramoneda, um dos favoritos de Natália. “Parar não é opção. / Parar de sentir - não é opção. Parar de lembrar - não é opção. / Parar de contar os dias - não é opção. / Parar de lutar, protestar, gritar não é opção. / Parar de contar os dias - não é opção.”, diz o poema. 

A Avabrum reúne-se no letreiro de Brumadinho nos dias 25 de cada mês, em memória do dia 25 de janeiro de 2019, data do rompimento da barragem. Sem descanso, é um ato que Natália garante que continuará até o corpo de todas as vítimas seja encontrado.


 

 

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