Promotor não autorizou perícia no quarto onde a mulher morreu
04/04/2021
Ontem, policiais fizeram vistoria no apartamento do casal, no Buritis
Foto: Divulgação
O promotor André Luis Garcia de Pinho, detido na manhã deste domingo (4), em Belo Horizonte, por suspeita de feminicídio contra a esposa dele, Lorenza Maria Silva Pinto, não autorizou, por livre e espontânea vontade, que os investigadores da Polícia Civil de Minas Gerais fizessem o exame pericial no quarto em que a vítima estava na última sexta-feira (2), dia do óbito, conforme consta no boletim de ocorrência (BO) do caso, registrado na Polícia Civil. A mulher morava com o marido em um apartamento no bairro Buritis, na região Oeste da capital.
Em depoimento à polícia, o promotor alegou que Lorenza demandava atendimento médico e que, por causa disso, ligou para um médico, por meio da ambulância da rede hospitalar Mater Dei de Saúde. Pinho contou que a mulher foi assistida, em casa, pelo médico Itamar Tadeu Gonçalo Cardoso. Ao chegar no imóvel, ele teria tentado reanimá-la, sem sucesso.
Diante da morte de Lorenza, o médico, segundo informações repassadas pelo promotor à polícia, teria feito a declaração de óbito com a causa morte da mulher. No documento, ainda de acordo com o boletim de ocorrência, constaria que ela faleceu por volta das 7h da última sexta (2) e que a causa primária ou básica da morte seria uma pneumonite devido à alimento ou vômito.
Já a causa secundária do óbito de Lorenza, de acordo com a declaração do promotor no BO, estaria ligada a uma autointoxicação por expulsão e outras drogas.
Na ocorrência, consta que, ao ser indagado pela delegada-geral Letícia Baptista Gamboge Reis, uma das responsáveis pela investigação do caso, se o promotor autorizava, por livre espontânea vontade, a realização de exame pericial no apartamento, mais precisamente no quarto onde ocorreu o fato, Pinho não teria autorizado o procedimento.
Durante as investigações, a polícia descobriu que o corpo de Lorenza estava na funerária Metropax e que, ao constatar no local que era ela, os investifadores ordenaram que corpo fosse levado para o Instituto Médico Legal (IML) de BH.
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