Prefeitura inicia mais uma etapa das obras de captação de água
03/04/2021
Por LARA ALVES| SIGA-NOS NO TWITTER @OTEMPO
Cemitérios municipais de Belo Horizonte registraram, em março, o maior número de sepultamentos em um único mês dos últimos quatro anos – foram 1.358 enterros no período, uma média de 43,8 por dia
Pico da Covid-19: número de enterros nos cemitérios de Belo Horizonte, em março, foi praticamente o dobro do registrado no mesmo período de 2020
Foto: Uarlen Valério/O TEMPO
O mês de março foi o mais letal em Belo Horizonte em, pelo menos, meia década. Estatística oriunda de balanço da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) a partir de inventário dos quatro cemitérios municipais – Bonfim, Consolação, da Paz e Saudade – mostra que 1.345 corpos foram sepultados apenas em março último. O número representa uma média de 43,81 enterros por dia, e é 45,5% maior que aquele registrado em março do ano passado, quando ocorreram 933 sepultamentos nas unidades municipais.
Não bastasse o número significar praticamente o dobro do detectado no período em comparação, a quantidade de sepultamentos em março de 2021 é a maior dos últimos cinco anos – contados a partir de 2017. Elevação na taxa diária de enterros nos cemitérios municipais coincide com o pior período da pandemia de coronavírus em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais e no país.
Março, portanto, ultrapassou a maior média histórica catalogada nas necrópoles municipais de 2017 para cá. O recorde pertencia a julho passado, época do primeiro pico da pandemia de coronavírus na capital mineira, quando foram enterradas cerca de 41 pessoas por dia nas unidades pertencentes à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) – um total de 1.280 sepultamentos no período, 78 a menos que no mês de março encerrado à última quarta-feira (31).
Outro dado contemplado no balanço da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica revela que os três primeiros meses de 2021 são também os três primeiros meses mais letais de um ano desde 2017. Foram 3.347 enterros nos cemitérios municipais até agora – logo atrás aparece o período de janeiro a março de 2020, quando foram feitos 2.607 sepultamentos nas necrópoles pertencentes à PBH.
Tendência de recorde de mortes repete-se também quando analisados os meses de janeiro e fevereiro de 2021 com seus pares correspondentes em anos anteriores. Foram registradas 1.114 despedidas nos cemitérios municipais em janeiro último – número é maior que os registrados entre 2017 e 2020. Em relação a fevereiro, foram 875 óbitos levados às necrópoles de Belo Horizonte em 2021 – também maior que as quantidades detectadas em fevereiros passados.