Enfermeira segura frasco de vacina da Pfizer no Reino Unido — Foto: Jacob King/Pool via Reuters/File Photo
A agência reguladora de medicamentos americana FDA anunciou nesta sexta-feira (11) a aprovação do uso emergencial da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. Com isso, os Estados Unidos se tornam o 5º país a autorizar o uso deste imunizante.
O anúncio segue a recomendação de um órgão consultivo que recomendou a vacina para uso emergencial em maiores de 16 anos. Para começar a vacinação, outra agência federal americana, o CDC, deve dar o parecer final. A expectativa é que isso aconteça nos próximos dias.
A vacina da Pfizer já foi aprovada pelo Reino Unido, Canadá, Bahrein e México. A agência regulatória britânica foi a primeira a aprovar o uso da vacina, ainda na semana passada. O Reino Unido iniciou sua campanha de vacinação nesta terça-feira (8).
Vacinação no Brasil
Ainda não há data prevista para o início da aplicação das vacinas no Brasil.
No dia 1° de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou os primeiros pontos da estratégia "preliminar" para a vacinação da população contra a Covid-19. De acordo com a pasta, o plano será dividido em quatro etapas de vacinação:
- Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
- Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
- Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).
- Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
O governo não prevê vacinar toda a população do país no ano que vem. Em nota, a pasta da Saúde informou que a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em 2021.
'Milagre médico'
Após o anúncio da FDA, o presidente Donald Trump publicou um vídeo nas redes sociais em que comemorou a liberação da vacina e a chamou de "milagre médico".
"Hoje, nossa nação conseguiu um milagre médico. Chegamos a uma vacina segura e eficaz em apenas nove meses. É uma das maiores realizações científicas da história. Isso salvará milhões de vidas e logo encerrará a pandemia de uma vez por todas", afirmou.
Na quinta-feira (10) , uma comissão de especialistas – formada por pesquisadores independentes, médicos e representantes farmacêuticos – se reuniu para avaliar uma recomendação endereçada para a FDA. É a partir dela que a agência poderá decidir se autorizaria ou não a aplicação do imunizante.
A agência já havia apresentado, no início desta semana, um parecer favorável à vacina, confirmando sua segurança e eficácia.



