Depois de sofrer mais um alagamento em decorrência da chuva, uma equipe a serviço para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fez a limpeza da avenida Vilarinho, na região de Venda Nova, na tarde desta sexta-feira (13). Mais cedo, o local ficou parcialmente coberto pela água, e carros e motos chegaram a ficar ilhados dado o volume d'água.

"Estava trabalhando aqui na região e minha moto estacionada em uma das ruas que cortam a avenida Vilarinho. Começou a chuva e com o alagamento, ela (moto) foi arrastada", contou o gari Célio Pereira, de 28 anos, enquanto esperava pelo orçamento do conserto do veículo. "Acho que não vai ficar barato, não, infelizmente. Foi muito rápido e eu estava longe na hora, não deu tempo de pegar", lamentou.

A empresária Kátia Carvalho, de 54 anos, afirmou que já perdeu as contas de quantas vezes a loja de produtos mecânicos, localizada na  avenida, já foi alagada. 

"Aqui a gente trabalha olhando para o céu. Hoje até que foi pouco comparado com outros temporais, a água subiu só uns 10 centímetros", contou. "A gente fica cansado disso tudo, todo ano é igual. Vem a chuva, o alagamento e os prejuízos que nem dá para mensurar", disse.

A loja está localizada em frente ao canteiro de obras para "implantação da estrutura de captação dos escoamentos superficiais dos córrego Vilarinho e Nado", da PBH.

Por meio de nota, a prefeitura informou que esta é a segunda de três etapas da obra de prevenção de enchentes na região.

Na primeira fase que está em execução, um investimento de R$ 40 milhões em recursos foi destinados as obras de tratamento de fundo de vale e controle de cheias nos afluentes Córrego Marimbondo e Lareira, com a construção de bacia de detenção do Córrego Lareira.

Já na segunda etapa, que também está em execução, está prevista a construção de uma caixa com aproximadamente 2.500m2  com capacidade para armazenar cerca de 10 mil metros cúbicos de água, o equivalente a 10 milhões de litros de água. Para esta fase está previsto um investimento de R$10,5 milhões.

Na terceira fase a PBH informa que vai investir R$200 milhões para a criação de reservatórios nos córregos Vilarinho, Nado e no Ribeirão Isidoro.

Outros pontos críticos

Apenas dois dos 284 pontos impactos pelas chuvas do fim de 2019 e início de 2020, quando 14 pessoas morreram em BH vítimas dos temporais, ainda aguardam as conclusões das obras de recuperação.