A Drogaria Araujo começará nesta quarta-feira a realizar o teste contra a Covid-19 em casa. A informação foi passada por Fabiano Queiroz, gerente farmacêutico do Laboratório de Manipulação Araujo, e Paula Fernandes Távora, médica e patologista clínica durante a Live do Tempo desta terça-feira. Os testes começarão inicialmente por Belo Horizonte. Eles abordaram mais essa iniciativa pioneira da empresa, dos protocolos adotadas nas lojas para o atendimento aos clientes e a experiência da Araujo em atuar em momentos de crise como esse da pandemia do novo coronavírus. Confira entrevista.

Qual é o papel do serviço farmacêutico nesse momento tão delicado?

Fabiano Queiroz: Falar de serviço farmacêutico e de Drogaria Araujo, esses dois temas estão vinculados desde a fundação da nossa empresa. A Araujo é uma empresa que a gente costuma brincar que é amiga de infância de Belo Horizonte, ela foi fundada poucos anos após a fundação da cidade. E deste a fundação, faz parte do DNA da empresa essa participação do farmacêutico no contato direto com a população. No entanto, esse contato se perdeu ao logo do tempo. E nos últimos anos houve um resgate dessa participação. Vou voltar a 2014, a partir de uma lei específica, 13021, que reconhece a farmácia como um estabelecimento de saúde, o que foi um marco primordial para que houvesse esse resgate do protagonismo do profissonal farmacêutico. A partir de lá, os avanços foram enormes nesse sentido, da implantação dos serviços farmacêuticos dentro da farmácia. Não ocorre só na Drogaria Araujo, mas nas farmácias associadas, especialmente à Abrafarma, que é uma associação das grandes redes do Brasil. A pandemia também acelerou muitos processos que imaginávamos que durariam anos e que foram antecipados. Soluções foram dadas em poucas semanas, seja pelo órgãos regulatórios. Nós também tivemos que nos adaptar a esse novo momento, e os serviços farmacêuticos hoje são parte dos serviços oferecidos pela empresa. Dentro das soluções oferecidas pela Drogaria Araujo, eles são pontos importantes nesse sentido e especialmente agora nesse momento de pandemia, em que a gente precisa dar respostas rápidas no apoio à população, soluções para problemas pontuais que apareceram. Nosso serviço já vinha sendo formatado, o que nós fizemos foi uma reorganização desses serviços para dar uma resposta melhor à população.

Paula Fernandes Távora: Como médica, em 1999, tive a honra de ter sido convidada para assessorar a parte médica da rede Araujo, e a gente vem galgando 20 anos de um trabalho muito nobre, cultivando todos os princípios e os valores que a rede Araujo permeia desde a sua fundação, de ser uma extensção da nossa casa e que já nasceu com vocação para serviços de atenção domiciliar. Desde o Fusquinha Drogajato, conceitos delivery, padronização, cuidados com a saúde dos mineiros. Há 20 anos, a gente, pioneiramente, introduziu o serviço de imunização em parceria com a rede Araujo. Em 2014, tivemos um incentivo federal para que a gente retomasse os serviços farmacêuticos dentro do conceito mais importante que estamos vivendo nas duas últimas décadas, que é a descentralização da saúde, o provimento de acesso que a população tanto precisa. Então temos desde 2014 uma adequação do nosso modelo de trabalho, usufruindo da melhor mão de obra e da capacitação de farmacêuticos, de profissionais com graduação na área da assistência, do conhecimento da farmacologia, tendo uma oportunidade de atuar e apoiar a saúde em momentos necesários no país, como já foram as epidemias de H1N1, de dengue, nossos receios sobre a chegada do Ebola no país. Várias oportunidades que esse modelo de serviço farmacêutico tem nos dado, tendo a descentralização, apoiando a saúde de forma a criar acesso sem desmerecer a importância e a relevância do nosso papel enquanto interlocutores entre o médico e aquele que vai cuidar da saúde das e a gente participando no restreio de doenças, no monitoramento e na moderação das oportunidades de diagnósticos de doenças importantes para que a população mereça o acesso à informação precocente pra gente poder atuar no tratamento, salvando vidas.