ABSURDOS QUE SÓ ACONTECEM EM ITABIRA: FUNCIONÁRIOS RECOLHEM LIXO SEM EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Funcionários catadores de lixo nas ruas de Itabira estão trabalhando dia e noite sem usar os Equimamentos de Proteção Individual (EPIs). A reportagem vem registrando este quadro desolador e inacreditável há vários dias. Por que será que ocorre este problema? Resposta: em Itabira tudo pode acontecer. O que Itabira tem a ver com este problema?
Alguns políticos da cidade querem destruir a Empresa de Desenvolvimento de Itabira Itaurb. Qual o motivo deste desamor? A Itaurb tem um histórico de prejuízos que se tornaram insuportáveis para a economia. Aos poucos, no decorrer dos anos, foi tornando-se inviável. Ao invés de uma providência imediata, resolveram promover uma agonia dolorosa, aos poucos. Sofrimento prolongado imposto ao patrimônio público itabirano da seguinte forma:
— sucateamento de equipamentos e máquinas;
— demissão enganosa de funcionários;
— promoção de mais apadrinhados para satisfazer os “amigos”;
— contratação de empresas para executar todos os serviços de capina, varrição, catação de e transporte de lixo e operação do chamado “aterro sanitário”, que retorna à condição de Lixão.
Uma das empresas contratadas para execução de serviços chama-se Construtora Hura Ltda. O processo se deu sem licitação: a Prefeitura ordenou à direção da Itaurb que a contratasse. O processo foi feito aproveitando-se a vigência do decreto de calamidade pública por conta do Codiv-19. Desvio de verba, portanto, da saúde para o sucateamento.
Os recursos federais chegaram para Itabira, somando-se cerca de R$ 14 milhões, para atendimento ao combate ao Coronavírus. Aproximadamente um milhão de reais foi desviado para resolver, temporariamente, a agonia da Itaurb, pelo menos até as eleições. Será que a Secretaria Municipal de Saúde conseguirá tapear o Governo Federal, especificamente o Ministério da Saúde e explicar convincentemente que o Covid-19 é causado, também, pela sujeira que invade Itabira e que, até então, era a fonte de Dengue, Zica e Chikungunya somente?
CONSTRUTORA HURA
Construtora Hura é uma organização comercial que praticamente não existe. Tem endereço. Mas é uma residência particular. A proprietária informou à reportagem o nome do dono verdadeiro da empresa e deu detalhes que dão conta de que o capital é de apenas R$ 1 milhão, praticamente o mesmo valor do contrato assinado com a Itaurb.
O que significa isto? Resposta: o serviço de limpeza urbana de Itabira, do recolhimento ao tratamento do lixo, no aterro, está sendo não mais terceirizado, mas “quarteirizado”. O primeiro operador e responsável pela higiene pública é a Prefeitura; essa transferiu para a Itaurb, criada para este fim; mas a Itaurb não existe mais, só tem sucatas e prejuízos acumulados, então ela transferiu à Construtora Hura; a Hura não tem estrutura própria e buscou recursos não se sabe de uma outra empresa que é mistério por enquanto.
Neste momento, a fraqueza da quarta empresa atravessadora se escancara: os funcionários estão trabalhando sem os obrigatórios Equipamentos de Proteção Individual, colocando em risco a saúde deles, de seus familiares e, enfim, do povo itabirano.
A reportagem entrou em contato com o diretor-presidente da Itaurb, Sérgio Amaral, que visualizou as mensagens recebidas, mas não deu resposta aos questionamentos.
Itabira corre sério risco de expansão de uma série de doenças, sem contar a pandemia. A cidade perdeu o rumo, mas o povo pode dar uma resposta imediata a partir de ações do Ministério Público Estadual (MPD) e dos seus vereadores. Estes, os chamados “representantes do povo”, parecem preocupados com outras questões.