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Pais criam ‘cortina do abraço’ para filhos reencontrarem a professora em Minas
03/06/2020

 

A peça foi feita com plástico e pedaço de cano de PVC; por meio dela, a educadora teve contato indireto com as crianças

 
Crianças e professora se abraçam por meio de cortina de proteção
Crianças e professora se abraçam por meio de cortina de proteção
Foto: Arquivo Pessoal

Há mais de dois meses sem ver a professora por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), sete alunos com idades entre 2 e 3 anos puderam matar a saudade e abraçar a educadora que tanto gostam por meio de uma “cortina do abraço” – uma proteção feita de plástico para evitar o contato direto entre as pessoas. A ação foi realizada pelos pais das crianças de uma escola particular de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, que levaram os filhos até a casa da professora e fizeram a surpresa para ela. 

“Eu tinha visto essa ação do abraço com uma cortina de plástico em outro país e pedi que os pais fizessem isso com os filhos para que eles pudessem abraçar familiares dos quais estão distantes. Comecei a cobrar de fazerem isso na segunda-feira da semana passada, e nada. Quando foi na sexta-feira (30) os pais apareceram aqui com a cortina e fizeram a surpresa para mim. Eles tinham combinado tudo com as minhas filhas”, contou a professora Meyre Lidório. 

A cortina foi feita com plástico e pedaço de cano PVC, e por meio dela a professora não teve um contato direto com as crianças. Na cortina estava escrita a frase “O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”. Os alunos e a educadora estavam usando máscaras, e a cortina era higienizada com álcool em gel a cada abraço.

Ao ver os pais com a cortina, “Tia Meyre”, como é chamada, ficou muito emocionada e chorou bastante. “Eu quase morri de felicidade, eu chorava e gritava, tudo ao mesmo tempo. Foi uma das coisas mais emocionantes que aconteceu na minha vida. Eu sempre prezei pelo carinho na sala de aula e abraços, e as crianças sabem que uma hora vamos estar juntos e poderemos nos tocar de novo”, ressalta a professora.

Durante a ação, que foi filmada em vídeo, uma das crianças falou para a professora que a amava e arrancou mais lágrimas da Tia Meyre, que disse ser muito difícil ver os pequenos e não poder abraçá-los ou beijá-los. Meyre dá aulas há 14 anos na mesma escola e sempre foi muito querida. “Cada vez que eu vejo o vídeo, eu começo a chorar de novo. As aulas virtuais estão sendo um desafio. O contato para crianças dessa idade é a maior caneta e papel que uma professora tem", concluiu a profissional. 

 


 

 

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