No caixa de um supermercado, um homem coloca a mão sobre pescoço da mulher que o acompanha. A cena é curiosa, mas já se tornou rotina para o engenheiro civil Thierry Cintra Marcondes, 32, que é surdo e precisa sentir a vibração da fala da esposa para saber que a atendente do mercado, que usa máscara, perguntou se ele desejaria incluir o seu CPF na nota fiscal.
Não é novidade que a pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de milhares de pessoas. No caso dos surdos, às dificuldades que já existiam antes do coronavírus aparecer se somam novos empecilhos. As máscaras, que se tornaram parte do vestuário, são imprescindíveis para se prevenir contra o novo coronavírus quando não é possível evitar o distanciamento social.