Há um mês, no dia 19 de março de 2020, inaugurou-se uma situação até então inimaginável: os belo-horizontinos começaram a se recolher em casa diante da pandemia que já dilacerava milhares de vidas em toda a Europa. E, com o isolamento social, cenas inéditas apareceram nos noticiários e nas redes sociais: em pleno horário de pico, ruas e avenidas vazias. No coração de Belo Horizonte, a praça Sete, que via a movimentação de mais de 400 mil pessoas por dia, teve o tráfego reduzido em até 71%.
Mesmo com o crescente número de infecções e mortes em todas as partes do planeta, inclusive em Minas e na capital, o isolamento, desde o início, tem sido controverso. As informações sobre o aumento de casos não foram suficientes para evitar registros como os ocorridos na orla da lagoa da Pampulha e na praça da Liberdade: aglomerações de pessoas por lazer ou prática de esportes – que só cessaram com o cercamento dos espaços.