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Estudo vai colher amostras para detectar coronavírus no esgoto de BH e Contagem
Iniciativa inédita no país é do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, com sede na UFMG, e apoiado pela Copasa; objetivo é monitorar a 01/04/2020

 

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Centro de pesquisa da UFMG na ETE Arrudas, da Copasa
Foto: Foca Lisboa / UFMG

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) ETEs Sustentáveis, sediado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), inicia, na próxima semana, um estudo inédito no país para verificar a presença de coronavírus no esgoto de Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana. O objetivo é auxiliar as autoridades de saúde no monitoramento da presença do Covid-19 em diferentes áreas sem a necessidade de realização de testes diretos em infectados.

A iniciativa tem o apoio da Copasa, que ficará responsável por recolher as amostras, do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Agência Nacional de Águas (Ana) que, inclusive, já se prontificou a apoiar os estudos com recursos.

 
 

O trabalho é desenvolvido pelos professores Carlos Chernicharo, César Mota e Juliana Araújo, do INCT, baseado em trabalhos recém-publicados pela revista Lancet Gastroenterol Hepatol. Um levantamento realizado em Amsterdã, na Holanda, mostrou que pacientes com a coronavírus apresentaram em suas fezes o RNA do Sars-CoV-2, causador da doença.

Em quase metade dos pacientes investigados na pesquisa, a detecção do RNA viral se deu por cerca de 11 dias após as amostras do trato respiratório testarem negativo, indicando que a replicação ativa do vírus no trato gastrointestinal e a transmissão via feco-oral poderiam ocorrer mesmo após o indivíduo já estar livre do vírus.

Os pontos de coleta de esgoto para o estudo na UFMG serão definidos nos próximos dias, mas a ideia é fazer o recolhimento em locais estratégicos, como regiões hospitalares e em bairros tanto de classe média alta quanto de classe média baixa. As amostras serão analisadas no laboratório de microbiologia do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de Engenharia da UFMG, na Pampulha.

"Não temos a garantia que vamos conseguir, o vírus pode estar numa concentração muito baixa e talvez não consigamos detectá-lo. Se tivermos sucesso, poderemos auxiliar os profissionais da de saúde a definir áreas prioritárias no atendimento. Isso pode suscitar uma medidas mais intensificadas para confinamento, ou o contrário: mostrar que a região que está menos afetada e flexibilizar as orientações", explica o professor Carlos Chernicharo, coordenador do INCT.

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