Josias Pereira | @supernoticiafm
04/03/20 - 23h48
Faz a TED, CBF! R$ 1,5 milhão caiu na conta do Cruzeiro. E que dinheiro suado. Para que isso acontecesse, o torcedor celeste sofreu quando viu no placar o resultado de 1 a 1 após o apito finnal. Foi preciso passar pelo drama dos pênaltis, pela emoção ainda na segunda fase. Mas Fábio mostrou-se mais uma vez decisivo na marca da cal. O titular incontestável. E fundamental. Dos pés de Maurício, que foi às lagrimas, a classificação. O Cruzeiro respira aliviado e avança à terceira fase da Copa do Brasil, quando vai encarar o CRB, de Alagoas.
Atenção ao professor. Adilson Batista mexeu nas peças. Voltou Cacá para a defesa. Dissolveu a trinca de volantes, taticamente mandou a campo um time no 4-4-2 e ainda voltou com Thiago ao ataque, jovem jogador que fez o primeiro gol do Cruzeiro na temporada justamente contra o Boa Esporte. As modificações tinham a intenção de deixar o time mais ofensivo, ainda mais em um jogo eliminatório. E o Cruzeiro começou bem, com oportunidades, boas trocas, movimentações interessantes com Éverton Felipe, além da qualidade de Moreno.
Destaque também para mais conexões na direita com Maurício e a tentativa de trazer as jogadas para o meio. O que segue faltando é o poder de criação, uma função por vezes exercida até mesmo por Moreno, que segue saindo muito da área para buscar o jogo. O primeiro tempo regular do time merecia um gol e ele veio em uma arma curiosa. As boas cobranças de escanteio de Machado, quase sempre fechadas. Foi exatamente assim que João Lucas, bastante questionado pela torcida, casquinhou no primeiro pau e contou com o desvio de Caio César para superar o goleiro Renan Rocha, aos 36 min.
Mas a marcação celeste deu um cochilo no segundo tempo, e foi nítida a queda de rendimento do time. Soma-se a isso um erro que vem sendo recorrente. Muita liberdade na entrada da área para o time adversário. E foi aí que o Boa se aproveitou. Claudeci, com muito espaço, chutou, contou com aquela quicada da bola e Fábio não conseguiu chegar.
A bola nas redes, logo aos 13 min, fez o jogo ganhar aqueles contornos de drama, bem ao que foi o roteiro contra o São Raimundo, na primeira fase. O empate prevaleceu e olha que Renan Rocha impediu o que parecia ser um gol claro de Maurício. Sem Moreno, que deixou a partida para a entrada de Jhonata Robert, o Cruzeiro perdeu a referência na área. O agravante é que o resultado não favorecia ao time celeste. A decisão foi para os pênaltis.
Drama, Fábio e Maurício
Nas cobranças, Fábio mostrou mais uma vez sua grandeza debaixo das traves. Um especialista na marca da cal. Ele defendeu um pênalti por Yuri, buscando no canto direito. E mesmo que Marco Antônio tenha isolado uma cobrança, a esperança celeste voltou quando Ferreira também bateu para longe. A bola da classificação ficou nos pés de Maurício. E o jovem jogador, predestinado em um início de ano de vários mudanças, sofreu ainda com a bola passando por baixo do goleiro Renan Rocha. Mas ela entrou. 5 a 4 para a Raposa. O Cruzeiro segue na Copa do Brasil.
FICHA TÉCNICA
BOA ESPORTE 1 (4) X 1 (5) CRUZEIRO
Motivo: 2ª fase da Copa do Brasil 2020
Local: estádio Melão, em Varginha
Público: -
Renda:-
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (CBF-RJ)
Cartões amarelos: Claudeci e Carlinhos (Boa Esporte); Edílson (Cruzeiro)_
Cartões vermelhos: -
Gols: João Lucas, 36 min do 1ºT (Cruzeiro); Claudeci, aos 13 min do 2ºT (Boa Esporte)
Boa
Renan Rocha
Yuri
Wesley
Henrique Moura
Ferreira
Caio Cesar
(Chiquinho Alagoano)
Claudeci
(Romário Simões)
Carlinhos
Cesinha
(Denis)
Gindré
Jefferson
Técnico: Nedo Xavier
Cruzeiro
Fábio
Edílson
Cacá
Léo
João Lucas
Machado
Jadsom Silva
(Pedro Bicalho)
Mauricio
Everton Felipe
Marcelo Moreno
(Jhonata Robert)
Thiago
(Marco Antônio)
Técnico: Adilson Batista