As regionais Oeste e Centro-Sul de Belo Horizonte são, entre as nove existentes na cidade, as mais atingidas pelas intensas chuvas de janeiro, segundo estatística da Defesa Civil do município. Ao longo dos 30 dias do mês corrente, o acumulado de chuvas nessas duas regionais superou em quase três vezes o volume esperado para todo o mês, tendo em vista a média história de 329,1 milímetros. Aliás, é importante lembrar: este é o janeiro mais chuvoso da história de Belo Horizonte.
Apenas na Oeste, por onde atravessa a avenida Tereza Cristina – uma das mais afetadas, com registros de transbordamento do ribeirão Arrudas e abertura de cratera gigantesca –, choveu 966,6 milímetros. Situação semelhante aconteceu também na região Centro-Sul, onde o acumulado de chuvas chegou a 957 milímetros.
Esta última foi a mais atingida pela intensa pancada de terça-feira (28) à noite. A rua Marília de Dirceu, no bairro Lourdes, e a avenida Prudente de Morais, no São Bento, amanheceram cobertas por um rastro de destruição na quarta-feira (29), em função dessa tempestade e do extravasamento do córrego do Leitão, que por ali passa. Restaurantes, prédios residenciais e outros estabelecimentos comerciais sofreram com as perdas causadas por uma séria inundação na região.
Ao contrário delas, as regionais Norte e Venda Nova são as duas que receberam menor acumulado de chuva no decorrer de janeiro. Ainda assim, as chuvas nessas regiões também superaram a média histórica – em Venda Nova, por exemplo, choveu quase o dobro do esperado, com 596,2 milímetros.
Veja quanto choveu em cada regional:
Acumulado de chuvas em janeiro até 7h20 desta quinta-feira (30):
Barreiro - 880,0 (267%)