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Zema pode sofrer derrota por relacionamento ruim, diz aliado
Deputado Gustavo Valadares teme que projeto não seja aprovado na Assembleia 22/03/2019

 

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Deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB)
Reclamação. Líder da base aliada, Gustavo Valadares fez um alerta ao governo de que o trabalho de articulação está sendo equivocado
Foto: Cristiane Mattos / O Tempo

O primeiro projeto que o governador Romeu Zema (Novo) enviou para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pode ser rejeitado na Casa se ele não melhorar o relacionamento com os parlamentares. O alerta foi dado pelo próprio líder do bloco de governo na Casa, o deputado Gustavo Valadares (PSDB). Em entrevista a O TEMPO, o tucano afirmou que é grande o risco de a reforma administrativa não ser aprovada no Legislativo ou sofrer mudanças drásticas no texto. 

Segundo Valadares, após a realização de todas as reuniões internas sobre o tema para tirar dúvidas e para os parlamentares apresentarem sugestões, a ideia é que, na próxima semana, a proposta seja aprovada nas comissões e apreciada no plenário. A proposição tramita de forma mais célere na ALMG, uma vez que está em regime de urgência, ou seja, com os prazos regimentais reduzidos à metade. “Estou muito preocupado com a possibilidade de que, no plenário, o projeto seja completamente desfigurado daquilo que o governo tinha encaminhado”, ponderou o deputado, que lidera o bloco de apoio a Zema. 

Questionado sobre o temor de o governo não conseguir aprovar a matéria, o tucano explicou que o Executivo continua “pecando, e muito” na relação com o Legislativo e com os políticos. “E isso trará problemas já agora na aprovação da reforma que o governo quer. Se o governo não melhorar urgentemente a relação com a Assembleia, ficará quase que insustentável. Várias emendas vão ser aprovadas (mudando o texto original da reforma), e é possível que se tenha até mesmo a derrota do projeto do governo no plenário. Então, se não se mudar radicalmente essa maneira de tratar os deputados e a Assembleia, isso se tornará realidade neste primeiro projeto do governo na Casa”, disparou. 

Para ser aprovada na ALMG, a reforma administrativa precisa de, no mínimo, 39 dos 77 votos possíveis. Não bastasse o fato de precisar do apoio de parlamentares dos dois blocos independentes do Legislativo, que juntos somam 40 representantes, Zema não encontra apoio dentro da própria base, que, oficialmente, conta com 21 políticos, mas nos bastidores não chega nem à metade desse número. 

Nos corredores, os políticos avaliam que o texto não apresenta mudanças difíceis de serem aprovadas, como a redução do número de secretarias de 21 para 12 e o corte de 15,5% dos cargos comissionados e funções gratificadas. Contudo, a falta de tato do governador com a Casa tem atrapalhado um processo que seria simples. As reclamações de deputados em relação ao governador datam ainda do início da Legislatura. 

As queixas são várias, como o fato de Zema não liberar emendas para atender demandas das bases eleitorais, não fazer indicação política em cargos regionais, crer que os deputados devam aprovar propostas a toque de caixa, viajar ao interior sem informar às lideranças locais e “demonizar” os políticos, intitulando-os como “velha política”. Outro ponto polêmico é que o governador estaria colocado dificuldades para se encontrar com o presidente da ALMG, Agostinho Patrus (PV). Tais reclamações, inclusive, já foram feitas a Zema em reuniões com os parlamentares.

Frustração
A comunicação de outros membros do primeiro escalão do Estado com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) também tem causado descontentamento no Parlamento. Anteontem, o secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy, e outros membros do Estado foram até a Casa para prestar esclarecimentos sobre o projeto da reforma administrativa durante audiência pública. Porém, muitos deputados reclamaram nos bastidores que a audiência pública foi “mais do mesmo”.

Líder do bloco Liberdade e Progresso, Cássio Soares (PSD) avaliou que houve frustração com a participação dos membros do Executivo na audiência. “Eles apresentaram poucas explicações sobre aquilo que foi indagado. Tanto a Assembleia quanto o cidadão mineiro esperam esclarecimentos. Será que a economia é suficiente para amenizar as despesas? Será também que ela é importante diante da falta de estruturas que estão sendo extintas pelo governo? Então, tudo isso estamos indagando e pedindo mais explicações por parte do governo”, disse.

 


 

 

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