Proposta. General Hamilton Mourão defendeu a ideia de coordenar um centro político que fiscalizaria o andamento do governo federal
PUBLICADO EM 06/12/18 - 03h00
BERNARDO MIRANDA
Depois de receber um “puxão de orelha”, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), evitou declarações polêmicas, mas demonstrou que não quer ser um vice decorativo e que está em uma disputa para ter mais influência no governo que começará no dia 1º de janeiro. Ele admitiu que recebeu um pedido do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para falar menos. “De vez em quando eu falo muito mesmo”, confessou.
Em sua primeira visita a Belo Horizonte após as eleições, para participar do evento TSX/Winter Carvalho: Doing Business in Brazil 2019, Mourão defendeu novamente a ideia de coordenar um centro político, que faria uma espécie de fiscalização do andamento do governo, e se colocou à disposição para atuar na articulação política.
“O que o presidente Bolsonaro deixou claro é que ele não abriria mão de um assessoramento direto a ele feito por mim. No momento, estamos tentando construir o que seria um centro de governo, para que tenhamos uma governança efetiva, o que não ocorria até então. Havia certo tumulto no interior no Palácio do Planalto, e nós precisamos dar uma organizada nisso aí. Uma vez elaborada essa ideia, o presidente Bolsonaro vai decidir se eu vou assumir esse posto”, disse.